Figura na subida dos nórdicos à Liga B da mais jovem competição europeia de seleções, protagonizada de setembro e novembro de 2024, o ponta de lança superou por um tento Cristiano Ronaldo, avançado e capitão português, que até marcou na final realizada face ao campeão europeu, derrotado nos penáltis por 5-3, após empate 2-2 nos 120 minutos.

Na Allianz Arena, em Munique, na Alemanha, o madeirense fez o segundo golo luso, aos 61 minutos, impondo o 2-2, antes de dar lugar a Gonçalo Ramos aos 88, devido a lesão.

Quatro dias depois de ter completado a reviravolta vitoriosa perante os germânicos (2-1), nas meias-finais, o dianteiro dos sauditas do Al Nassr chegou ao embate decisivo a dois golos de Gyökeres, mas não logrou uma inédita distinção individual na Liga das Nações, prova que já tinha arrebatado em 2019, no segundo de três cetros coletivos por Portugal.

Ronaldo, de 40 anos, é recordista de duelos (221) e tentos (138) pela seleção principal e estreou-se a marcar na quarta final sénior disputada com as 'quinas', numa série iniciada em 2004, com a derrota frente à Grécia no Europeu (1-0), no Estádio da Luz, em Lisboa.

Seguiu-se o título continental em 2016, com o suplente Eder a marcar no prolongamento, aos 109 minutos, para derrotar a anfitriã França (1-0), nos arredores de Paris, três anos antes da vitória sobre os Países Baixos (1-0), com um tento de Gonçalo Guedes, aos 60, no jogo decisivo da primeira edição da Liga das Nações, no Estádio do Dragão, no Porto.

Cristiano Ronaldo, que já confirmou a sua ausência do renovado Campeonato do Mundo de clubes e está a apenas três semanas de terminar contrato com o Al Nassr, concluiu a 23.ª temporada da carreira sénior com 43 tentos em 50 jogos - nove na Liga das Nações.

O quarto golo em 10 encontros com a Espanha, diante da qual já tinha protagonizado um 'hat-trick' na abertura do Mundial2018, na Rússia, permitiu ao madeirense ultrapassar o norueguês Erling Haaland e o georgiano Georges Mikautadze, ambos com sete remates certeiros, no segundo posto dos melhores marcadores desta edição da Liga das Nações.

A lista foi encimada por Viktor Gyökeres, que, no Grupo C1 da terceira divisão da prova, começou por marcar de penálti no triunfo fora sobre o Azerbaijão (3-1), treinado pelo ex-selecionador luso Fernando Santos, vencedor dos dois primeiros troféus seniores lusos.

Seguiu-se um 'bis' no êxito caseiro perante a 'vizinha' Estónia (3-0), antes do empate na Eslováquia (2-2), no único embate em que não totalizou qualquer contribuição para golo.

Na segunda volta da primeira fase, o dianteiro do Sporting marcou na visita aos estónios (1-0) e na receção aos eslovacos (2-1) - atingiu ainda a quarta e derradeira assistência -, finalizando com um 'póquer' ante os azeris (6-0), em Solna, nos arredores de Estocolmo.

O desempenho na Liga das Nações pautou a época memorável de Viktor Gyökeres, que revalidou o título de campeão e o estatuto de melhor marcador da I Liga, com 39 golos, antes de conquistar a Taça de Portugal, na primeira 'dobradinha' dos 'leões' em 23 anos.

O sueco liderou em remates certeiros nos campeonatos europeus, mas não conquistou a Bota de Ouro, ao ficar atrás do francês Kylian Mbappé, com 31 pelo Real Madrid, pois os golos valem a dobrar na Liga espanhola, mas só multiplicam por 1,5 pontos em Portugal.

Entre clube e seleção, Gyökeres, que fez 27 anos na quarta-feira, fechou a melhor época da carreira com 63 tentos e 17 assistências em 58 partidas, 52 dos quais com o Sporting, pelo qual leva 97 remates eficazes e 27 passes para golo em 102 duelos desde 2023/24.