Franco Causio, antigo internacional italiano que se destacou ao serviço da Juventus, com um total de 73 golos marcados ao cabo dos 447 jogos em que foi chamado a participar, entre 1966 e 1981, concedeu uma extensa entrevista à edição deste domingo do jornal italiano Tuttosport, na qual expressou desconfiança para com o potencial do atual plantel da Juventus.
Na opinião do antigo médio, de 76 anos de idade (que também representou clubes como Internazionale, Udinese ou Lecce), o grupo de trabalho às ordens do croata Igor Tudor tem "uma necessidade evidente" de "jogadores capazes de desbloquear os jogos, de criar superioridade", algo que nem mesmo a iminente contratação de Francisco Conceição será capaz de resolver.
"É um bom jogador. Mas não, não chega. Na minha opinião, a Juventus terá de acrescentar mais qualquer coisa e mais alguém. O Francisco é bom enquanto elemento do plantel, mas também se espera mais qualquer coisa dele. Por isso, não vejo jogadores capazes de fazer a diferença neste plantel quando entram em campo. É verdade que é o grupo que vence, mas quem é que compõe o grupo?", afirmou.
"Para chegar ao nível do Internazional e do Napoli, já para não falar do AC Milan, que não conquistou nada, o caminho é ainda muito longo. É claro que tomar decisões não é fácil. Ainda falta um mês para o final do mercado, talvez chegue alguém com nível, mesmo que não se vejam muitos jogadores assim por aí", prosseguiu.
"Falemos de maneira clara. A Juventus deve jogar para vencer. Este ano, contentámo-nos com o apuramento para a Liga dos Campeões, conquistado de uma maneira ou de outra, mas isso terá de tornar-se num resultado mínimo", rematou.
Acordo com o FC Porto está na reta final
A Juventus irá dar o 'tiro de partida' nos encontros de cariz particular inerentes à pré-temporada no próximo dia 2 de agosto, perante o Reggiana, no centro de treinos de Continasse, e a expetativa da direção é, até lá, alcançar, de uma vez por todas, um acordo com o FC Porto tendo em vista a permanência de Francisco Conceição.
O internacional português, recorde-se, chegou a Turim há, sensivelmente, um ano, depois de a nova direção, liderada por André Villas-Boas, ter entrado em 'rota de colisão' com o pai, o então treinador, Sérgio Conceição, que até já tinha assinado um acordo de renovação... apenas válido se o antecessor, Jorge Nuno Pinto da Costa, vencesse as eleições, o que acabou por não acontecer.
A Vecchia Signora pagou dez milhões de euros pelo empréstimo do avançado, que retribuiu com um registo de sete golos e quatro assistências ao cabo de 40 partidas oficiais. Números que bastaram para convencer o clube a apostar na sua continuidade, ainda que o contrato não contemplasse qualquer tipo de cláusula de opção de compra.
Ainda assim, o entendimento entre todas as partes envolvidas está, ao que tudo indica, bem encaminhado, e permitirá aos dragões realizar um novo encaixe financeiro, desta feita, na ordem dos 32 milhões de euros.
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