Entre janeiro e junho, as vendas subiram 6,7% para 17.396 milhões de euros (+ 6% a taxas de câmbio constantes) e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 10,3% para 1.148 milhões de euros (+9% a taxas de câmbio constantes).
"O forte desempenho de vendas e eficiência operacional mais do que compensam pressão da inflação de custos sobre as margens", refere o grupo, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A prioridade "dada à execução do programa de investimento levou, no primeiro semestre do ano, à abertura de um total de 196 lojas entre as várias insígnias e à remodelação de 71 localizações", refere a Jerónimo Martins, em comunicado.
"No final de junho, o balanço do grupo apresentava uma posição líquida de caixa (excluindo a IFRS16) de 213 milhões de euros, já depois do pagamento, em maio, de 371 milhões de euros relativos a dividendos", continua o comunicado.
O período entre janeiro e junho ficou marcado "por uma incerteza acentuada, impulsionada por turbulência na geopolítica global e instabilidade política nas principais economias europeias".
Num ambiente que permanece volátil, "prevemos que o comportamento do consumidor continue a pautar-se por prudência e contenção e que a dinâmica concorrencial dos mercados onde operamos se mantenha intensa, ainda assim, as perspetivas para 2025 mantêm-se, no essencial, em linha com o apresentado a 19 de março", adianta o grupo.
Em Portugal, o Pingo Doce "prosseguiu a sua dinâmica comercial, bem reconhecida pelos consumidores, e continuou a conversão de lojas para o conceito All About Food, levando as vendas a crescer 5,7% com um forte LFL de 3,9% (excluindo combustível)".
No segundo trimestre, "incorporando o efeito positivo de calendário relativo à Páscoa no período, as vendas aumentaram 8,3% com um LFL de 6,5% (excluindo combustível)".
No semestre, o Pingo Doce inaugurou três lojas e concluiu 24 remodelações e o EBITDA cifrou-se "em 141 milhões de euros, 6,1% acima do mesmo período do ano anterior, tendo a respetiva margem, em linha com o ano anterior, atingido 5,5%, suportada pelo bom desempenho de vendas e pelas iniciativas para aumentar a produtividade que contrariaram a pressão dos custos".
O grossista Recheio obteve vendas de 657 milhões de euros, 1,9% acima do primeiro semestre do ano anterior, com um LFL de 1,6%.
"O EBITDA da insígnia foi de 32 milhões de euros, 8,6% acima do mesmo período do ano anterior, tendo a respetiva margem atingido 4,9% (4,6% no 1S 24), suportada pela dinâmica mais favorável de mix registada no segundo trimestre em relação ao período homólogo", adianta a empresa.
Na Colômbia, a cadeia de supermercados Ara "continuou a aprofundar a sua estratégia promocional, criando oportunidades de poupança relevantes para as famílias colombianas".
O resultado "foi um desempenho notável, com as vendas a crescerem, em moeda local, 15,6%, incluindo um LFL de 5,3%. Em euros, as vendas atingiram 1,5 mil milhões no semestre", mais 7% que um ano antes.
A Ara inaugurou 96 novas lojas (93 adições líquidas), 58 das quais resultantes da integração das lojas anteriormente operadas pela Colsubsidio, fechando o semestre com um parque de 1,531 localizações.
O EBITDA foi de 60 milhões de euros, mais 50,5% em termos homólogos. "Além do bom desempenho das vendas, a melhoria da margem continuou a beneficiar também do trabalho executado em 2024 para proteger a margem bruta e controlar os custos", adianta.
Os custos financeiros líquidos no semestre "foram de -158 milhões de euros versus -130 milhões de euros no primeiro semestre de 2024, em grande parte refletindo a execução do programa de expansão e o consequente impacto nos juros de locações operacionais capitalizadas".
As outras perdas e ganhos "foram de -60 milhões de euros, incluindo, entre outros, abates, indemnizações e provisões, bem como a afetação de 40 milhões de euros dos resultados de 2024 à Fundação Jerónimo Martins".
O programa de Investimento atingiu um valor de 546 milhões de euros.
"O 'cash flow gerado no período, antes de pagamento de dividendos que ocorreu em maio, foi negativo em 157 milhões de euros", remata a Jerónimo Martins.
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