Entre os convidados estão nove generais e oito tenentes-generais aposentados de Taiwan, EUA e Japão.
Entre eles figuram Michael Mullen, que foi 17.º presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA entre 2007 e 2011, e Dennis Blair, ex-diretor de inteligência nacional dos EUA, segundo agência de notícias CNA.
Também participam Takei Tomohisa, antigo chefe do Estado-Maior da Força Marítima de Autodefesa do Japão, e o general aposentado da Força Aérea japonesa Shigeru Iwasaki, de acordo com a mesma fonte.
O exercício visa analisar "a viabilidade da estratégia militar e dos conceitos operacionais de Taiwan" face ao uso da força por Pequim contra a ilha previsto até 2030.
Os participantes foram divididos em cinco grupos, representando a China continental, Taiwan, os EUA e o Japão, além de um grupo de controlo, segundo a CNA.
Serão apresentados diferentes cenários que envolvem "assédio, provocações e agressões contra Taiwan" por parte de Pequim, e os participantes simularão a resposta da ilha, avaliando se os EUA e o Japão poderiam ajudar e de que forma o fariam.
A CNA destacou a necessidade de Taiwan "utilizar métodos internacionais de simulação de guerra para avaliar a dinâmica de segurança no Pacífico Ocidental, analisar ações militares potenciais do Exército de Libertação Popular (Exército chinês) e examinar possíveis respostas de Taiwan".
Pequim considera Taiwan parte do seu território, a ser reunificado pela força se necessário. A maioria dos países, incluindo EUA e Japão, não reconhecem a ilha como Estado independente, mas Washington é contrário a qualquer alteração unilateral ao status quo.
Os EUA comprometem-se a fornecer armamento a Taipé para a defesa da ilha e são o seu maior fornecedor de armas. Contudo, mantém uma postura de "ambiguidade estratégica" sobre se interviriam diretamente em caso de ataque.
Desde que o líder taiwanês William Lai assumiu o cargo em maio do ano passado, as tensões no Estreito de Taiwan aumentaram, com o Exército de Libertação Popular a realizar vários exercícios militares em larga escala à volta da ilha.
Lai tem insistido na necessidade de reforçar as capacidades de defesa de Taiwan, incluindo o desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados ("drones") militares, realização de exercícios de defesa, simulações militares de grande escala e mobilização de recursos civis para enfrentar riscos de ataque.
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