Irão não negoceia com os EUA enquanto ataques continuarem

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, excluiu hoje qualquer qualquer negociação com os Estados Unidos enquanto Israel continuar a atacar o Irão.

 ministro das Relações Exteriores do Irão, Abbas Araghchi,

© ANWAR AMRO/AFP via Getty Images

Lusa
20/06/2025 09:45 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Abbas Araghchi

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, excluiu hoje qualquer qualquer negociação com os Estados Unidos enquanto Israel continuar a atacar o Irão.

 

As declarações de Araghchi foram transmitidas hoje pela televisão estatal iraniana.

Abbas Araghchi reconheceu que os Estados Unidos enviaram repetidamente mensagens a apelar às negociações.

Mesmo assim, o Irão manifestou que enquanto a agressão não parar, não vai "haver espaço" para a diplomacia e para o diálogo.

O ministro iraniano dos negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, vai hoje a Genebra para participar numa reunião com os seus homólogos da França, Alemanha e Grã-Bretanha e a chefe da diplomacia da União Europeia (UE).

MNE do Irão vai a Genebra reunir-se com homólogos europeus (já amanhã)

MNE do Irão vai a Genebra reunir-se com homólogos europeus (já amanhã)

O ministro iraniano dos negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, anunciou hoje que vai a Genebra para participar de uma reunião, na sexta-feira, com os seus homólogos da França, Alemanha e Grã-Bretanha e a chefe da diplomacia da União Europeia (UE).

Lusa | 14:00 - 19/06/2025

França, Alemanha e Reino Unido - os três países europeus que faziam parte da antiga delegação 5+1 (os cinco países membros do Conselho de Segurança, onde se inclui os Estados Unidos, mais a Alemanha) que assinou em 2015 o acordo nuclear com o Irão - tinham proposto, no início desta semana, retomar as negociações sobre o tema do nuclear com Teerão.

Diplomatas europeus anunciaram depois, esta quarta-feira, que Paris, Berlim e Londres planeavam uma reunião em Genebra com Teerão, na sexta-feira, com a participação da Alta Representante para a Política Externa da UE, Kaja Kallas.

Depois da retirada unilateral dos Estados Unidos, por ordem de Donald Trump, em 2018, do acordo nuclear assinado em 2015, o Irão desvinculou-se gradualmente de algumas obrigações desse acordo e acelerou o enriquecimento de urânio muito para além do limite estabelecido.

Início dos ataques

A Força Aérea de Israel começou a bombardear o Irão na madrugada de sexta-feira passada, apontando alegados avanços do programa nuclear de Teerão e a ameaça que Telavive diz representar o fabrico de mísseis balísticos.

A aviação israelita atacou instalações militares e centrais nucleares do país: Natanz, Isfahan e Furdu.

No Irão, os ataques causaram pelo menos 224 mortos, de acordo com a contagem oficial de Teerão.

A organização não-governamental iraniana HRANA, sediada nos Estados Unidos, indicou que morreram 639 pessoas nos últimos dias no Irão, na sequência dos bombardeamentos israelitas.

Em Israel, os disparos de mísseis iranianos mataram 24 pessoas, de acordo com as autoridades israelitas.

Leia Também: França considera diplomacia única solução para resolução duradoura

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