"A Câmara dos Representantes tem de o ter pronto para mo enviar até 04 de julho. Nós podemos fazê-lo. Será uma celebração maravilhosa para o nosso país", disse o presidente dos EUA na sua rede social, Truth Social, manifestando a sua vontade de ter o plano fiscal que apelidou de "Big, Beautiful Bill" aprovado no dia em que o país comemora a sua independência.
Trump insistiu, numa conferência de imprensa na Casa Branca, na sua intenção de ter até essa data a publicação do plano fiscal, que prevê uma série de cortes nos impostos.
A medida implementaria impostos zero sobre gorjetas, horas extraordinárias e segurança social para idosos, e reforçaria a segurança nas fronteiras e "um exército ainda maior e mais poderoso", disse.
O plano fiscal tem a oposição dos democratas, mas também de um número significativo de republicanos. O projeto de lei foi aprovado pela Câmara dos Deputados e está a ser analisado no Senado, onde os republicanos também têm a maioria.
As discussões arrastaram-se hoje no Senado, com os membros republicanos a lutarem para chegar a acordo sobre a sua versão da lei promovida por Trump, que está a pedir às suas tropas que a aprovem rapidamente.
"Os maravilhosos republicanos do Senado dos Estados Unidos vão trabalhar durante todo o fim de semana para terminar a nossa BIG BEAUTIFUL BILL", escreveu ainda o Presidente norte-americano na Truth Social.
Para compensar a dispendiosa extensão dos "créditos fiscais Trump", a administração planeia cortar o Medicaid, o programa público de seguro de saúde do qual dependem milhões de norte-americanos com rendimentos baixos, bem como reduzir drasticamente o programa Snap, a principal ajuda alimentar do país.
Tenciona também rever muitos dos incentivos fiscais para as energias renováveis introduzidos por Joe Biden.
Já aprovado pela Câmara dos Representantes, o projeto de lei está atualmente a ser discutido no Senado, onde os líderes republicanos ainda esperam votá-lo até ao final do fim de semana.
O vaivém parlamentar levá-lo-á depois à câmara baixa para aprovar a versão revista.
O Senado continuava dividido quanto ao cancelamento de milhares de milhões de dólares destinados à ajuda para o desenvolvimento e meios de comunicação públicos, durante uma audiência na quinta-feira sobre os cortes orçamentais pretendidos por Trump.
O Senado tem agora até 18 de julho para tomar uma decisão. Se não aprovar os cortes, o governo de Trump não os pode fazer.
O diretor da agência da Casa Branca para a Gestão e o Orçamento, Russell Vought, defendeu os cortes propostos, que integram os planos do governo para continuar a política do designado Departamento para a Eficiência Governamental, quando era dirigido por Elon Musk.
As reticências dos senadores sugerem que alguns aspetos vão ser alterados ou que a própria proposta legislativa possa ser reprovada.
A senadora republicana Susan Collins, que preside a comissão senatorial que trata do orçamento, questionou os cortes propostos, tanto para os meios públicos de informação como para o combate à epidemia global do HIV.
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