"Não devemos considerar a segurança como um dado adquirido"

O chanceler alemão disse hoje que a segurança não deve ser considerada um dado adquirido, área na qual o país precisa de fazer mais, devido ao contexto geopolítico com conflitos como a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Friedrich Merz, chanceler alemão

© Michael Kappeler/picture alliance via Getty Images

Lusa
28/06/2025 15:10 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Friedrich Merz

"Não devemos considerar a segurança como um dado adquirido, temos de fazer mais para poder viver em liberdade, paz e segurança", afirmou Friedrich Merz aos jornalistas, durante a sua visita ao comando operacional do Exército alemão, no quartel de Henning-von-Tresckow, localizado perto de Potsdam, no leste da Alemanha.

 

O chanceler reiterou que o país quer ser capaz de se defender para nunca ter de se defender.

Friedrich Merz defendeu as medidas do seu Governo nas áreas da segurança e da defesa, que incluem um aumento do orçamento para as capacidades militares do país.

Para a defesa, o projeto de orçamento apresentado esta semana pelo Governo prevê despesas de 62.400 milhões de euros este ano, o que representa 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e é superior aos 51.950 milhões de euros atribuídos a fins militares no orçamento anterior.

A Alemanha prevê atingir a quota de 3,5% do PIB para despesas exclusivas em defesa até 2029, conforme acordado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), aliança cujos membros se comprometeram a atingir 5% do PIB até 2035.

Merz considerou esta decisão da NATO como histórica e salientou que a última cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE)também decidiu impulsionar a indústria de defesa europeia.

"A importância destas decisões vê-se no facto de a guerra da Rússia contra a Ucrânia continuar", referiu ainda o chanceler alemão.

Na quarta-feira, em Haia (Países Baixos), os 32 países da Aliança Atlântica acordaram um aumento do investimento de 5% do PIB na área da defesa até 2035, com uma revisão dos objetivos em 2029.

Os países da NATO concordaram em repartir o reforço de 5% no investimento nesta área: 3,5% em investimento direto nas capacidades militares de cada Estado-membro e 1,5% em investimentos, por exemplo infraestruturas aeroportuárias e estradas, que também podem ter uma utilização militar.

No dia seguinte, os líderes da UE, reunidos em Bruxelas, comprometeram-se a financiar adequadamente o aumento dos gastos com defesa, coordenando tal investimento para o fazer "melhor em conjunto", dada a nova meta da NATO acordada no dia anterior.

"O Conselho Europeu sublinha a necessidade de continuar a aumentar substancialmente a despesa com a defesa e a segurança da Europa e de investir melhor em conjunto, salientando também o compromisso assumido na Cimeira da NATO de junho de 2025 pelos Estados-membros que são igualmente membros" da Aliança Atlântica, indicam as conclusões da cimeira europeia.

Leia Também: Berlim "está de volta" à cena internacional, diz chanceler Merz

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