Epstein. WSJ vai "defender-se vigorosamente" contra processo de Trump

O Wall Street Journal declarou que vai "defender-se vigorosamente" contra o Presidente norte-americano, que processou o jornal por difamação após a publicação de um artigo que atribui a Donald Trump uma carta dirigida a Jeffrey Epstein.

News Corp headquarters in New York

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Lusa
19/07/2025 06:09 ‧ ontem por Lusa

Mundo

EUA

"Temos total confiança no rigor e exatidão das nossas informações", afirmou na sexta-feira, em comunicado, um porta-voz do grupo proprietário do Wall Street Journal (WSJ), referindo que vai "defender-se vigorosamente contra qualquer ação judicial".

 

Trump processou na sexta-feira o WSJ, a News Corp, grupo que inclui o jornal, e o seu proprietário, Rupert Murdoch, por divulgar uma carta que o Presidente teria enviado ao falecido Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual e pederastia.

Na quinta-feira, o candidato republicano ameaçou levar aquela publicação a tribunal e, um dia mais tarde, deu seguimento à advertência, incluindo os dois redatores que escreveram o artigo, noticiaram os meios de comunicação social nacionais.

O WSJ noticiou na quinta-feira que, entre as cartas que Epstein recebeu no 50.º aniversário em 2003, havia uma com o nome de Trump e um desenho de uma mulher nua. A ilustração continha os seios e a palavra Donald na zona dos cabelos púbicos.

De acordo com o jornal, a antiga assistente de Epstein, Ghislaine Maxwell, que está a cumprir uma pena de 20 anos de prisão por ser cúmplice do magnata, recolheu cartas de Trump e de outros associados de Epstein para as incluir num álbum como presente.  

A alegada carta do agora Presidente termina com a frase: "Feliz aniversário. Que cada dia seja mais um segredo maravilhoso".

O WSJ afirma que, numa entrevista com Trump na terça-feira, este negou ser o autor da missiva e ameaçou processar os meios de comunicação social se estes publicassem o artigo.

A publicação da carta coincide com a altura em que o escândalo Epstein voltou a público nos EUA, depois de o FBI e o Departamento de Justiça (DOJ) terem concluído, numa investigação, que o magnata não tinha uma "lista de clientes" das celebridades que chantageava.

O FBI e o DOJ também confirmaram a morte de Epstein por suicídio, desmentindo assim a teoria da conspiração de que teria sido assassinado para proteger os seus conhecidos, e anteciparam que não iriam divulgar mais nenhuma investigação sobre o caso.  

Os adeptos do movimento Make America Great Again (MAGA) estão insatisfeitos com as conclusões destes inquéritos, uma vez que Trump, a Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, e o Diretor-Adjunto do FBI, Dan Bongino, prometeram revelar "a verdade" sobre o caso antes do início da atual administração dos EUA, em janeiro.

A pressão recebida levou o Presidente a autorizar Bondi a divulgar quaisquer ficheiros adicionais "credíveis" sobre o assunto, mas não sem antes criticar os seus apoiantes por, na sua opinião, se terão deixado "enganar" pelos democratas.

Leia Também: Epstein. Trump processa jornalistas do WSJ e Rupert Murdoch por difamação

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