Protestos em Londres e Paris contra violência intercomunitária em Sweida

Algumas dezenas de pessoas manifestaram-se hoje em Paris e em Londres em protesto contra o que dizem ser um massacre em curso em Sweida, Síria, por causa da violência intercomunitária entre combatentes tribais sunitas, beduínos e drusos.

Sweida

© Reuters

Lusa
19/07/2025 23:37 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Síria

No centro de Londres, o protesto contou com cerca de 80 pessoas, que apelavam ao fim da violência em Sweida, no sul da Síria, e à abertura de um corredor humanitário na fronteira com a Jordânia, descreveu o canal televisivo France24.

 

Em Paris, junto à Torre Eiffel, um grupo de pessoas gritava em defesa das minorias éticas e denunciava "uma limpeza étnica" em curso no país.

Na Síria, os confrontos começaram no domingo passado, dia 13 de julho, entre combatentes drusos, beduínos e sunitas na cidade de Sweida, antes da intervenção das forças do Governo sírio, acusadas de também terem combatido os grupos drusos.

As tensões entre tribos beduínas e fações drusas são antigas.

As novas forças governamentais da Síria enviaram reforços para repor a segurança na região e assumiram o controlo de várias localidades, mas acabaram por se retirar após ataques aéreos israelitas (realizados sob o argumento da defesa da minoria drusa) e um cessar-fogo acordado na quarta-feira.

Segundo um balanço de hoje do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), pelo menos 940 pessoas morreram devido a estes confrontos intercomunitários que ainda perduram, apesar de as autoridades sírias terem anunciado um cessar-fogo.

Na capital da província de Sweida vivem cerca de 100 mil pessoas, um quarto da população da região, que faz fronteira, a sul, com a Jordânia.

Os drusos são uma minoria religiosa da Síria, que segue uma fé abraâmica que tem traços próximos do judaísmo e do cristianismo, mas com hábitos culturais árabes.

Mais de metade dos cerca de um milhão de drusos em todo o mundo vive na Síria. A maioria dos restantes reside no Líbano e em Israel, incluindo nos Montes Golã, território capturado por Israel à Síria na guerra do Médio Oriente de 1967 e anexado em 1981.

Segundo estimativas das Nações Unidas, mais de 87 mil pessoas foram deslocadas na província de Sweida desde a semana passada, devido aos intensos bombardeamentos e raptos.

Após a queda do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, em dezembro, surgiram preocupações quanto ao destino das minorias étnicas no país sob o novo Governo de transição sírio, liderado por Ahmad al-Sharaa, um antigo líder rebelde islamita.

Leia Também: Drusos retomam controlo da cidade síria de Sweida

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