Israel vai entrar em Deir al-Balah pela 1.ª vez desde início da ofensiva

Israel ordenou a retirada da população do sudoeste de Deir al-Balah, no centro de Gaza, onde não mantém qualquer operação terrestre desde o início da sua ofensiva militar no enclave, divulgou hoje a imprensa internacional.

Escola em Deir al-Balah, Gaza

© Moiz Salhi/Anadolu via Getty Images

Lusa
20/07/2025 08:39 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O Exército continua a agir com força para destruir as capacidades inimigas e as infraestruturas terroristas na área, ao mesmo tempo que expande as suas atividades aqui, para atuar numa área onde nunca operou antes", anunciou o porta-voz das Forças Armadas israelitas, Avichay Adraee, num comunicado na rede social X, citado pela agência de notícias EFE.

 

"A todos os presentes na zona sudoeste de Deir al-Balah [...], incluindo os que se encontram em tendas, retirem-se imediatamente e dirijam-se para a zona de Mawasi para a vossa segurança", apelou o exército israelita.

Deir al-Balah permaneceu intocada pelas operações terrestres das tropas israelitas durante mais de um ano e meio da ofensiva israelita, tornando-se um dos centros para onde se dirigiram muitos deslocados e o centro de operações de muitas organizações internacionais.

O exército israelita estimou em maio que cerca de 350 mil pessoas se encontravam na província central de Gaza, onde se situa Deir al-Balah, segundo o jornal The Times of Israel.

O avanço das tropas israelitas tinha deixado até então uma faixa contínua ao longo da costa de Gaza livre de ordens de retirada e controlo militar. O apelo à deslocação forçada emitido pelo exército no domingo afeta esta faixa, que está dividida em dois setores, a sul e a norte de Deir al-Balah.

"Após as pessoas da zona de Mawasi, em Khan Yunis, deslocarem-se para Deir al-Balah, agora ambos os grupos (os que chegaram às praias desta cidade vindos do sul e os que já lá estavam) precisam de encontrar refúgio em Mawasi, que Israel bombardeia diariamente", disse um jornalista de Gaza à EFE.

Cerca de 86,3% da Faixa de Gaza está sob controlo de Israel, ou porque está sujeita a ordens de retirada forçada ou porque os militares expandiram a área militarizada que ocupam no enclave, segundo estimativas do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

As Forças Armadas israelitas, por sua vez, afirmam controlar 75% de Gaza.

Leia Também: Israel: Milhares pedem acordo sobre reféns, outros o fim do genocídio

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