"O Exército continua a agir com força para destruir as capacidades inimigas e as infraestruturas terroristas na área, ao mesmo tempo que expande as suas atividades aqui, para atuar numa área onde nunca operou antes", anunciou o porta-voz das Forças Armadas israelitas, Avichay Adraee, num comunicado na rede social X, citado pela agência de notícias EFE.
"A todos os presentes na zona sudoeste de Deir al-Balah [...], incluindo os que se encontram em tendas, retirem-se imediatamente e dirijam-se para a zona de Mawasi para a vossa segurança", apelou o exército israelita.
Deir al-Balah permaneceu intocada pelas operações terrestres das tropas israelitas durante mais de um ano e meio da ofensiva israelita, tornando-se um dos centros para onde se dirigiram muitos deslocados e o centro de operações de muitas organizações internacionais.
O exército israelita estimou em maio que cerca de 350 mil pessoas se encontravam na província central de Gaza, onde se situa Deir al-Balah, segundo o jornal The Times of Israel.
O avanço das tropas israelitas tinha deixado até então uma faixa contínua ao longo da costa de Gaza livre de ordens de retirada e controlo militar. O apelo à deslocação forçada emitido pelo exército no domingo afeta esta faixa, que está dividida em dois setores, a sul e a norte de Deir al-Balah.
"Após as pessoas da zona de Mawasi, em Khan Yunis, deslocarem-se para Deir al-Balah, agora ambos os grupos (os que chegaram às praias desta cidade vindos do sul e os que já lá estavam) precisam de encontrar refúgio em Mawasi, que Israel bombardeia diariamente", disse um jornalista de Gaza à EFE.
Cerca de 86,3% da Faixa de Gaza está sob controlo de Israel, ou porque está sujeita a ordens de retirada forçada ou porque os militares expandiram a área militarizada que ocupam no enclave, segundo estimativas do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
As Forças Armadas israelitas, por sua vez, afirmam controlar 75% de Gaza.
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