Morreu mais uma criança por desnutrição em Gaza. É a quarta em 48 horas

Um menino de quatro anos morreu, este domingo, devido a complicações associadas à desnutrição. Razan Abu Zaher é a quarta criança a morrer de desnutrição no enclave palestiniano nas últimas 48 horas.

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Notícias ao Minuto com Lusa
20/07/2025 15:55 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Médio Oriente

Um menino de quatro anos morreu, este domingo, devido a complicações associadas à desnutrição, denunciou o Hospital dos Mártires de Al Aqsa, em Gaza. Razan Abu Zaher é a quarta criança a morrer de desnutrição no enclave palestiniano nas últimas 48 horas.

 

Além de Razan Abu Zaher, o Ministério da Saúde de Gaza registou, no sábado, as mortes de Yahya Fadi al-Najjar, de três meses, assim como de Sana al-Laham, de 18 meses, e de Jawad al-Anqar, de 35 dias, noticiou a agência EFE.

O diretor da unidade responsável pela contagem de óbitos assegurou que "os números estão a aumentar", tendo calculado que cerca de 70 pessoas morreram de desnutrição nos 22 meses de escalada do conflito, a maioria das quais crianças.

Entre março e junho, os diagnósticos de desnutrição duplicaram nas clínicas da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), o que, de acordo com o organismo, está diretamente relacionado com o bloqueio alimentar imposto por Israel, que esteve em vigor de 2 de março a 18 de maio. Aliás, entre 16 e 30 de junho, 10.638 crianças foram examinadas pela UNRWA e mais de 8,5% tinha sinais de desnutrição.

Nações Unidas denunciam que Israel está a matar à fome população de Gaza

Nações Unidas denunciam que Israel está a matar à fome população de Gaza

As autoridades israelitas "estão a matar à fome" a população de Gaza, denunciou hoje a agência das Nações Unidas que presta assistência aos refugiados palestinianos (UNRWA), exigindo o fim do bloqueio à ajuda humanitária no território palestiniano.

Lusa | 11:18 - 20/07/2025

Muitos bebés nascem prematuramente devido à desnutrição das mães, que também são incapazes de amamentar. A maioria dos palestinianos subsiste numa dieta à base de arroz ou de pão, quando consegue ter acesso a estes alimentos.

É que, saliente-se, a UNRWA denunciou, este domingo, que as autoridades israelitas "estão a matar à fome" a população de Gaza, havendo "uma afluência sem precedentes" de pessoas com desnutrição extrema aos hospitais, "em estado de esgotamento e perda de mobilidade devido à fome prolongada".

O organismo, que garantiu ter alimentos suficientes para nutrir os 2,1 milhões de habitantes de Gaza durante mais de três meses, apelou a que o bloqueio alimentar fosse levantado, na rede social X (Twitter).

"As autoridades israelitas estão a matar à fome os civis em Gaza. Entre eles há um milhão de crianças. Levantem o bloqueio: permitam que a UNRWA faca chegar alimentos e medicamentos", lê-se.

Mais de 70 palestinianos mortos enquanto aguardavam ajuda humanitária

Mais de 70 palestinianos mortos enquanto aguardavam ajuda humanitária

Pelo menos 73 pessoas morreram hoje enquanto tentavam obter ajuda humanitária em Gaza, de acordo com o ministério da Saúde no território palestiniano.

Lusa | 15:15 - 20/07/2025

Os poucos camiões da ONU que entraram no enclave desde março - a maioria transportando farinha - foram saqueados ou não conseguiram distribuir os alimentos em segurança.

Desde o final de maio, Israel tem forçado a distribuição de ajuda através de complexos militarizados em Rafah, onde mais de 900 palestinianos foram mortos pelas tropas ou esmagados no último mês e meio, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Os pontos de distribuição têm o tamanho de campos de futebol, estão rodeados de postos de segurança, arame farpado e montes, e a única entrada é através de uma vedação.

As paletes de comida são colocadas no chão e os palestinianos têm de correr para apanhá-las. Contudo, é usual as tropas israelitas dispararem contra a multidão. Israel argumenta que quer impedir que a distribuição de ajuda seja controlada pelo Hamas.

Leia Também: Papa pede "fim imediato da barbárie" em Gaza e "resolução pacífica"

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