"Parabéns ao Governo libanês e à Fatah pelo seu acordo sobre o desarmamento voluntário nos campos de Beirute", escreveu o enviado especial na rede social X, momentos depois de um comunicado do Comité de Diálogo Libanês-Palestiniano que anunciava o início da primeira fase do processo.
Tom Barrack qualificou o momento como "um passo histórico em direção à unidade e à estabilidade, que demonstra um verdadeiro empenho na paz e na cooperação".
O processo deverá começar no campo de Bourj al-Barajneh, na capital libanesa, onde um primeiro lote de armas será entregue e colocado sob custódia do Exército, precisou.
A agência noticiosa France-Presse (AFP) descreveu dezenas de combatentes com uniformes de combate, com armas de assalto, enquanto uma multidão se reunia em frente à sede da Fatah, o movimento político do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, em Beirute.
Um responsável de segurança palestiniano disse à AFP, sob anonimato, que "a Fatah vai começar a entregar as suas armas no campo de Bourj, como parte da coordenação com o Exército libanês".
Em maio, Abbas visitou Beirute, onde chegou a um acordo com o Presidente libanês, Joseph Aoun, para entregar todas as armas em posse das milícias palestinianas que controla.
Uma fonte de segurança no campo de Bourj al-Barajneh afirmou que "a iniciativa da Fatah de começar a entregar as suas armas é simbólica e decorre de um acordo entre Aoun e o filho do presidente palestiniano Yasser Abbas, que está atualmente de visita a Beirute".
Esta medida visa "encorajar outras fações [palestinianas armadas] a seguirem o mesmo caminho", acrescentou a fonte, sublinhando que estas "ainda não decidiram entregar as suas armas".
A Autoridade Palestiniana não exerce controlo sobre outras fações, em particular aquelas que estão ligadas ao seu rival Hamas, atualmente em guerra com Israel na Faixa de Gaza.
O Governo libanês tem vindo a ser pressionado por Washington para desarmar os combatentes armados, nomeadamente do Hezbollah, e decretou que até ao fim do ano o seu exército vai recolher as armas do movimento xiita, apesar de este último já ter avisado que não o vai fazer.
O Hezbollah, apoiado pelo Irão, sofreu duras baixas no conflito armado contra Israel no ano passado.
Leia Também: Israel bombardeia alvos do Hezbollah no sul do Líbano
