Ainda que sem fornecer detalhes, o Presidente de Taiwan, William Lai, disse que o seu executivo "não descarta" a utilização de "energia nuclear avançada", se esta solução se mostrar no futuro mais segura, mais eficiente na gestão de resíduos e com mais apoiantes.
Decorreu hoje um referendo em Taiwan sobre o prolongamento da operação da central nuclear e, com 99,9% das secções apuradas, os votos a favor da reativação da central nuclear eram pouco mais de 4 milhões, menos do que os pouco mais de 5 milhões de votos necessários para a aprovação da medida - o equivalente a 25% da população recenseada.
Com o anúncio dos resultados, William Lai disse que a segurança nuclear é "uma questão científica, que requer validação científica e que não pode ser resolvida definitivamente com uma única votação".
O Presidente de Taiwan indicou ainda que o governo vai centrar-se em três princípios fundamentais: "garantir que não há dúvidas sobre a segurança nuclear, uma solução para os resíduos radioativos e consenso social".
Este referendo perguntou aos eleitores se a central nuclear encerrada mais recentemente, há cerca de três meses, deve continuar a funcionar, assumindo que os reguladores concordam que é seguro fazê-lo. Em causa está a central de Maanshan, chamada de terceira central nuclear, situada perto do extremo sul de Taiwan.
No mesmo referendo, os eleitores votaram também a destituição de sete membros da oposição do parlamento e, com o chumbo do referendo, o Presidente de Taiwan anunciou também hoje uma remodelação no Governo.
O objetivo, disse William Lai, é "tornar o executivo mais eficiente e facilitar a implementação de políticas" e admitiu que vai procurar "mais diálogo" com a oposição.
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