Numa reunião que decorreu na Lousã, a Associação Empresarial Serra da Lousã (AESL), a Associação Empresarial de Poiares (AEDP), o Núcleo Empresarial de Penela (NEP) e o Clube de Empresários de Miranda do Corvo (CEMC) destacaram "a urgência de investimentos em infraestruturas rodoviárias que respondam às necessidades reais das populações e empresas do interior".
Na ocasião, foi apontada a necessidade imediata de colocar no terreno a ligação entre a EN17 (na zona da Ponte Velha, Lousã) e o IP3 (em Miro, Penacova), revelou a AESL, num comunicado enviado hoje à Lusa.
Segundo as entidades, esta é uma obra fundamental para a mobilidade de pessoas e bens, para o desenvolvimento económico dos territórios e para a integração desta zona do país, designadamente destes quatro concelhos do interior do distrito de Coimbra, nos grandes eixos de circulação.
"Esta ligação, tantas vezes anunciada e adiada, continua por concretizar", lamentaram.
Para as associações empresariais, "a inércia das entidades públicas está a comprometer a fixação de empresas, a criação de emprego e a coesão territorial".
Por isso, foi feito um apelo aos municípios, à Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra e ao Governo da República para que assumam esta obra como prioridade absoluta, com um plano e prazos claros.
Os responsáveis frisaram ainda a "necessidade urgente de melhorar os acessos ao concelho de Góis".
"A ausência de alternativas viárias eficazes mantém o concelho numa situação de isolamento, dificultando a mobilidade das pessoas, a atração de investimento e o progresso económico e social da região", asseveraram.
No comunicado, realçaram que a ligação entre o IP3 e a EN17 deve culminar numa ligação efetiva com a Autoestrada 13, criando um eixo estruturante que ligue Vilar Formoso (distrito da Guarda) ao centro e sul de Portugal.
A concretização desta ligação, preferencialmente via Lamas, ou em outra saída próxima, "permitirá assegurar um corredor logístico eficiente entre o interior e os grandes centros urbanos e económicos, como Leiria, Lisboa e a faixa litoral centro-sul, potenciando ainda mais a competitividade da região".
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