"Se os termos forem adequados, acreditamos que a TAP poderá ter sucesso enquanto parte do modelo distintivo e comprovado do IAG", apontou um porta-voz do grupo, em comunicado sobre os resultados do primeiro semestre, congratulando-se com o anúncio do lançamento do processo de privatização da TAP.
O IAG, que inclui a British Airways, a Iberia, a Vueling, a Aer Lingus e a Level, reportou hoje um lucro de 1,3 mil milhões de euros até junho, mais 43,8% face aos 905 milhões de euros do ano anterior.
O grupo considerou que a sua solidez financeira permite-lhe modernizar a frota, investir em aeronaves de nova geração e produtos essenciais, e liderar o setor na adoção do Combustível Sustentável para Aviação (SAF).
"O sucesso da Aer Lingus desde a sua integração na IAG em 2015 é um exemplo claro do que pode ser alcançado", referiu o grupo, realçando que a companhia irlandesa "reforçou a sua marca e mais do que duplicou a sua capacidade de longo curso no 'hub' de Dublin", contando agora com 20 destinos na América do Norte, comparando com apenas quatro antes da integração no grupo.
O processo de reprivatização da TAP foi formalmente iniciado em 10 de julho, com a aprovação, em Conselho de Ministros, do decreto-lei que define os termos da operação.
Numa primeira fase, o Estado prevê alienar, através de venda direta, até 49,9% do capital da transportadora aérea nacional, dos quais 5% destinados aos seus trabalhadores.
Além do IAG, também os outros dois grandes grupos de aviação europeu - Lufthansa e Air France-KLM, tinham manifestado interesse no negócio.
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