Vento errático faz chamas mudar de direção em Arganil

Uma das frentes de fogo ativas no concelho de Arganil mudou de direção nas últimas horas, devido ao vento errático, encaminhando-se para noroeste, na zona da aldeia de Mourísia, disse o presidente daquele município do distrito de Coimbra.

Incêndios, fogos

© Global Imagens

Lusa
14/08/2025 14:01 ‧ há 2 horas por Lusa

País

Incêndios

Ouvido pela agência Lusa, Luís Paulo Costa explicou que com a mudança e intensificação da direção do vento o fogo desceu da zona de um parque eólico em direção a sul e ao município da Pampilhosa da Serra, perto das povoações de Tojo, Fórnea e Casal Fundeiro, de onde foram retiradas algumas pessoas por precaução.

 

Já durante a madrugada e manhã de hoje, com nova rotação do vento, as chamas voltaram para a cumeada da encosta de onde tinham vindo, não para a zona já queimada, mas para uma área mais lateral, em direção a Mourísia.

Esta aldeia fica num dos vales encaixados da serra do Açor, paralelo àquele onde o incêndio lavrou com bastante intensidade na tarde de quarta-feira, quando avançou para norte em direção ao concelho de Oliveira do Hospital e, mais tarde, para sul, na direção da Pampilhosa da Serra.

"Os ventos, neste momento, estão a empurrar outra vez o fogo em sentido inverso, em sentido oposto (...) hoje está a ser empurrado aqui em direção ao nosso concelho e, particularmente, à cumeada que vira para a bacia de Mourísia", explicou Luís Paulo Costa, considerando a situação como preocupante.

Durante a noite, vincou o autarca, existiu "um esforço e um trabalho muito grande dos bombeiros, nomeadamente na proteção às aldeias" e no sentido de tentar controlar as chamas, o que se afigurou difícil face às constantes mudanças da direção do vento.

Algumas pessoas retiradas de casa na povoação de Casal Fundeiro foram para uma coletividade da aldeia vizinha do Tojo, dado não terem aceitado ir para mais longe, nomeadamente para Cerdeira ou Coja, onde o município de Arganil possui duas áreas de apoio e acolhimento da população afetada pelos incêndios.

Também na aldeia de Mourísia, por precaução, seis pessoas foram retiradas das suas casas, indicou.

Dados consultados pela Lusa no sistema europeu de informação de fogos florestais Copernicus estimam a área ardida no incêndio que eclodiu na quarta-feira na freguesia do Piódão em 5.032 hectares, embora Luís Paulo Costa tenha observado que esse valor se refere ao final da tarde de quarta-feira "e já terá sido ultrapassado", disse.

As chamas com origem em Arganil estenderam-se, depois, aos municípios de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra, também no distrito de Coimbra e de Seia, este já no distrito da Guarda.

De acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 13h40 o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 910 operacionais, apoiados por 298 viaturas e 11 meios aéreos.

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