Aldeia de Benfeita em Arganil antecipa noite rodeada de chamas

Duas frentes de fogo em curso em Arganil, na freguesia de Benfeita, antecipam uma noite de preocupação para cerca de 200 pessoas na aldeia homónima e em alguns povoados mais pequenos, disse o presidente da junta.

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© CARLOS COSTA/AFP via Getty Images

Lusa
15/08/2025 21:49 ‧ ontem por Lusa

País

Incêndios

"O fogo ainda não chegou à aldeia, mas com o decorrer da noite, provavelmente, entrará nas imediações. Vai ser uma noite de alerta e preocupação", disse à Lusa, pelas 19h30, o autarca José Pinheiro.

 

O fogo chegou à freguesia da Benfeita na manhã de hoje, após ter cruzado a estrada nacional (EN 344) nas zonas das aldeias de Monte Frio - onde esteve instalado o posto de comando do incêndio de Arganil - e de Pardieiros, antes de entrar na Mata da Margaraça, cujo coberto vegetal central, denso e húmido, acabou por deter o incêndio naquela zona protegida, tal como já tinha sucedido em 2017.

José Pinheiro explicou que as chamas que queimaram toda a vegetação em redor da aldeia de Pardieiros, dirigiram-se, com a mudança do vento, para sul, em direção aos vales onde se situam as localidades de Enxudro e Sardal.

"E agora tem uma frente no alto da serra que vai afetar o Pai das Donas e Luadas", adiantou, aludindo a um conjunto de povoações que ficam junto ao troço de Arganil do Rali de Portugal, zona bem conhecida dos fãs da modalidade.

Outra frente evolui a norte da Benfeita, junto às povoações de Dreia e Deflores, com bombeiros no local em manobras de contenção para salvaguardar as habitações.

O autarca acrescentou, por outro lado, que o fogo terá afetado, igualmente, a zona da cascata da Fraga da Pena, localizada a dois quilómetros, por uma estrada sinuosa, da aldeia da Benfeita.

"Ainda não conseguimos lá ir, porque as estradas aqui à volta estão intransitáveis, com restos de árvores e postes [de telecomunicações] caídos", disse.

Questionado sobre se imaginava que o incêndio que deflagrou às 05h00 de quarta-feira, na freguesia do Piódão, chegasse 48 horas depois à sua freguesia - que fica a dez quilómetros em linha reta e a cerca de 25 quilómetros por estrada - José Pinheiro não se mostrou admirado.

"Tem muito a ver com os ventos, há muito tempo que estamos aqui castigados com os incêndios e prevenidos para o que poderia acontecer. Eu e o tesoureiro [da junta] andámos desde quarta-feira a tentar ajudar, já estávamos à espera de que isto acontecesse", lamentou.

O incêndio que eclodiu na quarta-feira em Arganil estendeu-se, depois, concelhos de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra, todos no distrito de Coimbra, mas também a Seia (Guarda) e à Covilhã (Castelo Branco), nas zonas de Sobral de São Miguel e São Jorge da Beira.

Pelas 21h45, de acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 1.007 operacionais, apoiados por 339 viaturas.

Leia Também: AO MINUTO: Marcelo e Montenegro lamentam morte; Incêndio "incontrolável"

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