A nova fábrica da BYD na Hungria vai começar a operar abaixo das suas plenas capacidades de produção de carros elétricos nos primeiros dois anos. O construtor chinês teve de ajustar os planos à realidade encontrada, enquanto também aposta forte na fábrica da Turquia.
De acordo com a agência Reuters, que cita fontes por centro do assunto, a produção em massa de carros elétricos na fábrica em Szeged (Hungria) foi adiada para 2026, chegando apenas a dezenas de milhar de unidades. A capacidade inicial é de 150 mil viaturas, com planos para atingir um máximo de 300 mil exemplares a cada ano.
A procura por carros elétricos da BYD na Europa está a crescer e a superar rivais, até porque os preços são mais competitivos. Porém, o mercado de elétricos no geral ainda progride abaixo das expectativas. Para além disso, o construtor está a reformular as suas operações europeias após alguns erros estratégicos.
Na fábrica de Szeged, os planos passavam por começar a instalar as máquinas em setembro deste ano. Mas o processo foi adiado nos últimos meses.
Produzir na União Europeia é vantajoso do ponto de vista tarifário, eliminando as taxas de dez por cento impostas aos carros que um construtor de fora exporta para lá. No entanto, representa custos mais altos com os salários e a energia. E a BYD já tem uma alternativa, que passa pela Turquia.
Naquele país, não estará sujeita a tarifas na exportação para a UE, mas pouparia em mão-de-obra. Estas instalações tiveram um custo de mil milhões de dólares, devendo começar a produzir no fim do próximo ano. Localizadas em Manisa, terão uma capacidade de produção de 150 mil carros por ano - sendo que, de acordo com uma das fontes da Reuters, irá produzir mais unidades do que a fábrica da Hungria já em 2026.
Na Hungria, a BYD admite produzir modelos elétricos como o Dolphin, o Atto 3 e o Seagull, enquanto à Turquia deverão ser alocados tanto carros 100 por cento elétricos, como híbridos plug-in - o Seal U SUV, o Sealion 5, o Seal U Dmi e o Seal 06 Dm-i.
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