Análise: "O jogo ficou muito condicionado pela expulsão [de Lasha Odisharia] logo no início. A este nível, quando as equipas se aproximam em termos de valor, é muito complicado quando se fica em inferioridade numérica, mais ainda durante quase 90 minutos. Ainda assim, a Geórgia demonstrou sempre um coração e uma vontade enormes e nunca baixou os braços, a não ser na ponta final."
Reta final: "Para estarmos mais descansados perto do fim, foi preciso fazer desde o primeiro minuto uma circulação rápida e tentar obrigá-los a fazer um esforço suplementar em função de estarem a jogar com 10. Acho que isso foi conseguido em parte no primeiro tempo, mas podíamos ter tido maior agressividade e largura no jogo. A Geórgia é forte em termos coletivos e na paixão que coloca em campo. Nos últimos 13 jogos, tinha marcado em 12, pelo que consegue criar problemas aos adversários e marcar golos. A expulsão veio facilitar-nos [a tarefa] e antevia um jogo claramente mais difícil se eles não estivessem reduzidos a 10."
Impacto dos suplentes utilizados: "Não tem a ver só com a qualidade, mas também com a atitude. O Henrique Araújo joga 10 ou 15 minutos e vai à procura de fazer o seu golo e dar a profundidade que queremos, principalmente quando estamos a defrontar adversários que defendem baixo. São bons sinais da equipa e eu estou muito satisfeito com todos eles."
Ambições para a fase a eliminar: "Podem continuar a fazer-me essa pergunta 500 vezes e eu vou responder sempre que gostaria de vencer o título, mas importa-me que eles continuem a demonstrar o que têm demonstrado até agora. Se continuarem com este nível de jogo e espírito coletivo, estaremos mais próximos de conseguir bons resultados. Agora, depende muita coisa. A Geórgia estava apurada para os quartos de final a cinco minutos do fim [do segundo jogo]. As coisas decidem-se num ápice e a consistência faz parte de quem quer chegar longe. Já nem estou a falar de vencê-la, mas de chegar a uma final. Ainda há trabalho muito duro pela frente e batalhas difíceis para serem ultrapassadas. Estar na fase final, competir a este nível e perceber as diferentes dificuldades que encontrámos nestes jogos preparam-nos para o que aí vem. Conseguimos equilibrar contra equipas muito fortes ofensivamente e ter alguma segurança. Agora, precisamos de mais segurança quando tivermos de tomar conta do jogo e da bola. Não fizemos tão bem algumas destas coisas nos três jogos e isso serve para perceber que temos de melhorar."
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