Gennaro Gattuso foi anunciado nos últimos dias como o novo selecionador de Itália, mas a verdade é que a squadra azzurra podia mesmo estar a ser orientada por um português. De acordo com o jornal italiano La Repubblica, José Mourinho foi seriamente considerado para ser o novo selecionador de Itália, mas tal não aconteceu devido... a Gianluigi Buffon.
O treinador português, atualmente ligado aos turcos do Fenerbahçe, foi colocado em cima da mesa como possível sucessor de Luciano Spalletti após a resposta negativa e inesperada dada por Claudio Ranieri à Federação Italiana de Futebol. O veterano técnico estava ao serviço da AS Roma e agora assumiu funções como consultor dos giallorossi.
Ainda assim, o nome de Mourinho, que havia sido sugerido pela Adidas, patrocinadora principal da squadra azzurra, caiu rapidamente da lista. Segundo a mesma publicação, a aposta no treinador português seria sinónimo de resultados. É que Itália está a enfrentar uma qualificação difícil rumo ao Campeonato do Mundo de 2026 e a marca de equipamentos olhava para o português como uma salvador para esse objetivo.
A marca alemã, que poderia reduzir o pagamento de verbas caso Itália falhasse a presença no Mundial'2026, estaria disposta a assumir parte dos encargos financeiros exigidos pelo special one, mas nem isso convenceu os responsáveis transalpinos. Para tal decisão muito pesou o veto de Gianluigi Buffon, antigo guarda-redes e Chefe da Delegação da seleção italiana. O ex-jogador defendeu que era necessário resgatar outra figura de peso no seio do futebol italiano para renascer a modalidade.
É certo que Itália conquistou o Europeu 2020 - foi disputado em 2021 devido à pandemia da Covid-19 - mas anda há muito arredada das decisões em Campeonatos do Mundo. Desde o Mundial 2006, na Alemanha, que os italianos não passam da fase de grupos: caíram na primeira ronda em 2010 e 2014 e não participaram em 2018 e 2022. A escolha acabou por recair em Gennaro Gattuso, campeão do mundo ao lado de Buffon como jogador em 2006.
Mas não foi só o veto do ex-guarda-redes a afastar José Mourinho da seleção de Itália. É que o Fenerbahçe, a quem o treinador português está ligado até junho de 2026, não iria facilitar a saída do setubalense e iria pedir muitos milhões de euros à Federação transalpina.
Mas não foi apenas à seleção italiana que José Mourinho foi associado nas últimas semanas. Ainda antes de Portugal conquistar a Liga das Nações diante da eterna rival Espanha, o treinador português foi apontado como sucessor de Roberto Martínez.
A imprensa turca avançou, a meio do passado mês de maio, que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) teria um pré-acordo com José Mourinho para suceder a Roberto Martínez logo após a participação da equipa das quinas na fase final da Liga das Nações. No entanto, e contactada pelo Desporto ao Minuto, fonte oficial da FPF desmentiu estas informações veiculadas pela estação de televisão turca HT Spor.
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