O Estádio José Gomes, na Reboleira, contou, esta sexta-feira, com uma presença especial no relvado. Naquele que foi um regresso às origens, Jorge Jesus visitou as instalações do Estrela da Amadora, clube da terra de onde é natural o treinador português.
O treinador de 70 anos foi recebido pelo presidente do Estrela da Amadora, Paulo Lopo, além de outros dirigentes ligados à SAD e ao clube. Jorge Jesus aproveitou o momento e tornou-se no sócio no 5.294 do emblema sediado na Reboleira, num momento que foi assinalado pelos tricolores nas redes sociais.
"Onde tudo começou quando tinha 14 anos. Vim recordar momentos da minha vida como jogador e treinador. Obrigado Amadora", escreveu nas redes sociais Jorge Jesus.
Refira-se que Jorge Jesus cumpriu parte da sua formação como jogador no emblema da Reboleira, antes de sair, rumo ao Sporting, em idade júnior, em 71/72. Jesus acabaria por volta à Amadora e representar o clube já como sénior, entre 1984 e 1987.
Já depois de terminar a carreira de futebolista, o treinador amadorense orientou o Estrela da Amadora entre 1998 e 2000 (na I Liga) e também entre 2001 e 2003 (na altura, na II Liga). Voltou agora a uma casa que bem conhece, aproveitando um período sem trabalho.
Do Al Hilal à cobiça pela seleção brasileira
O treinador de 70 anos está livre no mercado desde que deixou o Al-Hilal, da Arábia Saudita, no arranque do mês de maio. O conjunto de Riade formalizou no início do último mês o acordo para a rescisão de contrato que ligava ambas as partes até junho deste ano. Com esta saída Jorge Jesus teve direito a uma 'pequena' indemnização. Na prática, o técnico português de 71 anos vai receber um total de 1,832 milhões de euros, que resultam da soma de dois salários mensais no valor de 916,600 mil euros.
Mas o técnico já podia ter voltado ao ativo enquanto treinador. Nas últimas semanas, Jorge Jesus foi apontado ao cargo de selecionador do Brasil. O amadorense esteve sempre na linha da frente para suceder a Dorival Júnior, mas acabou por perder a corrida para Carlo Ancelotti, que abandonou o Real Madrid para assumir o escrete.
Na altura, escreveu-se que a opção da Confederação Brasileira de Futebol em escolher Carlo Ancelotti para assumir a seleção, sucedendo a Dorival Júnior, deixou Jorge Jesus frustrado. O treinador português, atualmente sem clube, após ser despedido do Al Hilal, esteve em contacto direto com o presidente Ednaldo Rodrigues, mas acabou por ser descartado em detrimento de Ancelotti e sem direito a qualquer explicação por parte do presidente do CBF.
O último contacto entre ambos aconteceu a meio do mês de maio e Jorge Jesus havia deixado claro que queria ser o novo selecionador do Brasil e que não teria qualquer problema em lidar com Neymar, apesar da saída conturbada do craque brasileiro do Al Hilal. O treinador português prescindiu de qualquer tipo de intermediário nas negociações com a CBF, mas acabou por ver destruído o sonho de comandar uma seleção aos 70 anos.
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