Um dia após a eliminação de Portugal no Europeu de futebol feminino, diante da Bélgica (1-2), Jéssica Silva recorreu às redes sociais, este sábado, para deixar uma longa (e sentida) mensagem aos adeptos, enaltecendo o orgulho e o amor em representar a seleção das quinas, para além do agradecimento aos adeptos.
"Ter peito e espaço para renascer, já dizia a Sarinha e todos os que escreveram esta canção. Saímos deste Europeu não como queríamos, nem como sonhámos… Temos consciência de que há mais por entender do que por justificar", começou por escrever.
"Nem sempre o talento basta, nem sempre o coração chega, nem o trabalho é recompensado… Agora é tempo de pausa, de procurar por dentro… As respostas não hão de chegar agora, mas talvez venham com o descanso, com a vontade e com a coragem que temos de recomeçar, e de querermos ser mais e melhores", vincou de seguida.
A internacional lusa garantiu que as jogadoras da seleção das quintas deram tudo "em cada minuto, em cada gesto", apesar do desfecho inglório na prova europeia, terminando ainda com uma mensagem dirigida aos adeptos portugueses que estiveram em peso na Suíça.
"Representar Portugal é imenso, não há palavras. É bem maior do que nós, e por isso mesmo, sabemos que não estivemos à altura do que queríamos ser. Perguntavam-me porquê… E a verdade é que não sei. Estamos impotentes, tristes, ninguém queria isto, mas também sabemos o quanto demos em cada treino, em cada minuto, em cada gesto. Fica a memória, e a certeza de que tudo fiz(emos) para honrar esta camisola. Amo isto, amo Portugal", sublinhou.
"Não posso terminar esta nota sem agradecer aos nossos adeptos incríveis, fizeram-nos sempre sentir em casa. Surreal de tão bom e gratificante que foi. Vou guardar no meu coração. Obrigada a quem ficou connosco quando o jogo foi maior do que o resultado. Vamos guardar isso…. e honrar mais à frente porque isto… não acaba aqui. Obrigada. E lá vão 125 [jogos] contigo, Portugal", rematou a ex-Benfica.
Recorde-se que Portugal arrancou a prova com uma goleada sofrida aos pés da vizinha Espanha (5-0), seguindo-se um empate alcançado diante de Itália (1-1), que alimentou as esperanças de um apuramento na derradeira jornada. A tarefa era complexa, uma vez que a seleção das quinas não dependia só de si (precisava de vencer e de esperar que as italianas perdessem, com uma anulação da diferença de seis golos pelo meio).
A verdade é que, face à derrota consumada ao cair do pano, frente às belgas, nem foi preciso recorrer à calculadora, dado que Portugal caiu para o último lugar, com apenas um ponto, bem longe do segundo posto, assegurado por Itália, com quatro pontos.
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