A mais do que provável venda de Francisco Conceição para a Juventus neste mercado de transferências de verão permitirá ao FC Porto chegar a um patamar de dinheiro encaixado com saídas de jogadores como há muito não se via.
Depois de ter encerrado a época 2024/25 com o maior encaixe de sempre em vendas de jogadores, o clube azul e branco caminha para assegurar ainda mais dinheiro que alivia a pressão financeira. Após ter gerado 58,15 milhões de euros durante o verão, entre vendas e empréstimos, o emblema portista acumulou 110,3 milhões de euros entre 1 de janeiro e o último dia do mercado de inverno.
Contas feitas, e de acordo com dados disponibilizados através do portal especializado Transfermarkt, são quase 200 milhões de euros só na presidência de André Villas-Boas. Desde que assumiu a presidência dos dragões, em maio de 2024, a maior venda foi a do espanhol Nico González ao Manchester City, em janeiro último, por 60 milhões de euros. Seguiu-se a ida de Galeno para a Arábia Saudita por 50 milhões.
A estas duas vendas, têm de ser juntadas ainda as de Evanilson, que mudou-se para os ingleses do Bournemouth por 37 milhões de euros, e de David Carmo, que seguiu viagem para os gregos do Olympiacos a troco de 11 milhões de euros. A estes valores têm, ainda, de ser somadas o da venda de Toni Martínez para o Alavés e as taxas de empréstimo de Francisco Conceição, Fábio Cardoso, Fran Navarro e Romário Baró. Entretanto, o avançado espanhol ex-Gil Vicente ficou em definitivo no Sporting de Braga.
Época | Jogadores | Total |
2024/25 |
Nico González (Manchester City), Galeno (Al Ahli), Evanilson (Bournemouth), David Carmo (Olympiacos), Francisco Conceição (empréstimo à Juventus), Toni Martínez (Alavés), Fábio Cardoso (empréstimo Al Ain), Fran Navarro (empréstimo ao Sp. Braga), Romário Baró (empréstimo ao Basileia), Wendell (São Paulo), Mehdi Taremi (Inter), Loum (Arouca), Iván Jaime (empréstimo ao Valencia), Gabriel Veron (empréstimo ao Santos), Sidnei Tavares (Moreirense) e Pepe |
171,5 milhões de euros |
2025/26 | Fran Navarro (Sporting de Braga) Iván Marcano e Francisco Conceição ? | 34,7 milhões de euros |
Francisco Conceição à beira de ser vendido
Francisco Conceição deve ser o senhor que se segue na lista de vendas. Depois de vários dias de conversações, FC Porto e Juventus selaram um acordo na casa dos 32 milhões de euros. Com a entrada deste valor nos cofres portistas, ainda que o total vá ser pago em várias prestações, André Villas-Boas e a sua equipa vai alcançar 206,2 milhões de euros em vendas desde que assumiram os destino do FC Porto.
Para que o acordo fosse alcançado, o internacional por Portugal terá de abdicar dos 20 por cento do valor total da transferência a que tinha direito e que ficaram estipulados aquando da renovação de contrato ainda acordada com a anterior administração da SAD azul e branca. Caso contrário, a ida do criativo para Itália cai por terra.
Dragões à beira de recorde em contratações numa só época
É um FC Porto em modo gastador aquele a que temos assistido nas últimas semanas. Com os cofres cheios fruto das vendas de Galeno e de Nico González no passado mês de janeiro, os azuis e brancos têm estado apostados em gastar dinheiro e, ao mesmo tempo, dotar o plantel dos elementos certos para que Francesco Farioli consiga ter sucesso esta temporada.
E a promessa feita por André Villas-Boas durante a apresentação do novo treinador parece estar a ser cumprida à risca. O presidente do FC Porto deixou a garantia de que este poderia vir a ser o mercado de transferências mais dispendioso na história dos dragões e, a bem da verdade, os últimos dois meses provam que os portistas caminham a passos largos para ultrapassar essa mesma fasquia.
Neste momento, o recorde de gastos em contratações teve lugar na temporada 2019/20, quando a equipa treinada por Sérgio Conceição gastou 63,25 milhões de euros apenas no mercado de verão.
No espaço de pouco mais de dois meses, a SAD liderada por André Villas-Boas investiu 63,1 milhões de euros em reforços tendo em vista a nova temporada.... isto quando o mercado de transferências de verão nem a meio vai. Ou seja, a pouco mais de 100 mil euros de ultrapassar o recorde que se encontra estabelecido.
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