Paul Gascoigne "já está de volta a casa e a sentir-se bem". A notícia surge 24 horas depois de a imprensa britânica ter adiantado que este teria dado entrada numa unidade hospitalar, de urgência, na passada sexta-feira, ao ter sido encontrado inconsciente por um amigo, na sua própria casa, em Poole, no sul de Inglaterra.
As primeiras informações apontavam para que o antigo internacional inglês tivesse sido internado numa unidade de cuidados intensivos, mas, em forma de comunicado enviado à agência noticiosa Associated Press, Carly Saward, da agência 'The MNT', garantiu que este limitou-se a recorrer a apoio hospitalar, "voluntariamente", devido a "uma questão na garganta que tem há algum tempo.
Paul Gascoigne, recorde-se, chegou a ser tido como um dos maiores talentos do futebol inglês, mas acabou por não conseguir concretizar todo o potencial que lhe era augurado, acabando por levar a cabo uma vida marcada por escândalos relacionados com o consumo de álcool e drogas.
Euro'1996 jamais será esquecido
O antigo médio deu os primeiros passos no mundo do futebol ao serviço do Newcastle, de onde partiu, no verão de 1988, com apenas 21 anos de idade, rumo ao Tottenham, a troco de uma verba próxima dos cinco milhões de euros, que, na altura, era considerada uma autêntica fortuna, e que se justificava com o entusiasmo que este gerava dentro das quatro linhas.
Daí em diante, seguiram-se passagens por Lazio (entre 1992 e 1995), Rangers (entre 1995 e 1998), Middlesbrough (entre 1998 e 2000), Everton (entre 2000 e 2002), Burnley (entre 2002 e 2003), Gansu Tianma (entre 2003 e 2004) e, finalmente, Boston United (onde acabaria por colocar um ponto final na carreira, escassos meses depois, com apenas cinco partidas oficiais disputadas).
Apesar de todas as polémicas em que se viu envolvido, entro e fora das quatro linhas, Paul Gascoigne acabou por conseguir tornar-se numa presença assídua na principal seleção inglesa, a qual representou em 57 jogos, somando dez golos e 11 assistências. O ponto mais alto deu-se no Campeonato da Europa de 1996, realizado, precisamente, em Terras de Sua Majestade, quando participou na caminhada rumo às meias finais, onde os Três Leões acabaram por 'tombar' perante a Alemanha, no desempate por grandes penalidades.
A seleção germânica acabaria, de resto, por sagrar-se mesmo campeã europeia, graças ao triunfo conquistado na final disputada no 'eterno' Wembley Stadium, em Londres, sobre a congénere da República Checa, por 2-1, graças a dois golos da assinatura de Oliver Bierhoff, o segundo dos quais já no prolongamento.
Nesse torneio, recorde-se, Portugal ficou integrado no Grupo D, juntamente com Croácia, Dinamarca e Turquia, carimbando o apuramento para a próxima fase enquanto líder, com sete pontos conquistados ao cabo de três jogos. No entanto, a equipa então orientada por António Oliveira acabaria por ser eliminada logo de seguida, nos quartos de final, pela República Checa. Karel Poborsky (que, mais tarde, se transferiria para o Benfica) marcou, logo no arranque do segundo tempo, o (grande) golo que fez a diferença, no Villa Park, em Birmingham, com uma 'chapelada' sobre Vítor Baía.
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