Bruno Fernandes recusou-se a euforias após a conquista do troféu de pré-temporada este domingo, depois de um empate frente ao Everton, por 2-2, onde revela que a equipa do Manchester United, treinada pelo português Ruben Amorim, foi "preguiçosa".
"Cada detalhe, cada pequeno detalhe é importante. O nosso desempenho não foi o melhor fora da bola. Fomos um pouco preguiçosos e temos de evitar isso, porque a preguiça pode custar caro a qualquer momento. Precisamos de mudar isso", começou por dizer o capitão dos red devils.
"A situação está a melhorar, mas não estamos onde este clube precisa de estar. Neste clube de futebol não se podem cometer erros dentro e fora do campo, porque é muito grande a nível mundial e é-se punido por isso", continuou.
"A cultura aqui era de vencer e precisamos de trazer isso de volta. Não só precisamos da mentalidade vencedora, e acho que isso sempre existiu, mas obviamente, se não se ganha, não se mostra isso. Muitas pessoas sofreram com isso, muitas pessoas que trabalhavam no clube há muitos anos tiveram que sair", apontou.
"Os adeptos estão a pagar mais pelos bilhetes e agradecemos todo o esforço que fazem por nós, então agora cabe a nós retribuir em campo", refletiu Bruno Fernandes, que até marcou o primeiro golos do Manchester United no jogo deste domingo.
Manchester já sabe o que é ganhar (outra vez)
O Manchester United conquistou a segunda edição da Premier League Summer Series, este domingo, ao alcançar um empate frente ao Everton (2-2), no Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, com um golo e uma assistência de Bruno Fernandes a ajudarem Ruben Amorim na sua primeira conquista desde que saiu do Sporting.
A precisar apenas de uma igualdade, os red devils até chegaram a estar na frente do marcador por duas ocasiões, porém, consentiram a resposta do conjunto de Liverpool, impedindo o pleno de triunfos do clube de Old Trafford no torneio de pré-época, que reúne quatro equipas das Premier League nos Estados Unidos da América.
Já depois dos triunfos registados diante de West Ham (2-1) e Bournemouth (4-1), o Manchester United até entrou melhor e, com dupla de internacionais portugueses constituída por Diogo Dalot e Bruno Fernandes no onze, seria este último o responsável pelo golo inaugural.
Amorim faz 'juras' de amor ao United
Numa entrevista concedida este domingo, antes do jogo frente ao Everton, à estação televisiva da BBC, Ruben Amorim expressou as suas ideias para o futuro no Manchester United, revelando quanto tempo quer ficar no leme do conjunto de Old Trafford.
"Quero ficar 20 anos no Manchester United, esse é o meu objetivo. E acredito que algo vai acontecer. Em alguns momentos terei sorte. Já tive muita sorte na minha carreira enquanto treinador. Em todo o caso, sabemos que os resultados vão ditar o futuro", começou por dizer o técnico português, que chegou ao Manchester United em novembro do ano passado proveniente do Sporting, garantindo estar mais do que habituado à pressão.
"Senti-a quando terminei a carreira como jogador, devido às lesões. Senti pressão porque queria continuar a ajudar a minha família", disse, nos Estados Unidos, onde a equipa se encontra na pré-época", prosseguiu.
"No ano passado tive de lidar com certas situações sozinho. Este ano, disse ao grupo: 'são agora vocês também que resolvem os problemas'. Bruno Fernandes, Diogo Dalot, Lisandro Martínez, Harry Maguire, Tom Heaton e Noussair Mazraoui foram designados como os líderes do balneário. Não é uma questão de idade, mas de responsabilidade", salientou.
"Se alguém treinar mal, não falo apenas, mostro o vídeo à frente de todos". Num clube que procura reencontrar a sua identidade, Amorim acredita que a estabilidade é o caminho. "É assim que se constroem dinastias", rematou.
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