Bolsas europeias abrem no 'vermelho'. Porquê?

As principais bolsas europeias abriram hoje a 'vermelho' devido à escalada da tensão no conflito do Médio Oriente e ao abandono "precipitado" do Presidente dos EUA, Donald Trump, da reunião do G7 que está a decorrer em Alberta (Canadá).

Bolsas 'acordam' em pânico. A que se deve? O que temem os investidores?

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Lusa
17/06/2025 09:33 ‧ há 7 horas por Lusa

Economia

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Cerca das 09:00 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a descer 0,85% para 542,26 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt baixavam 0,58%, 0,79% e 1,29%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 1,27% e 1,17%.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 09:00 o principal índice, o PSI, também recuava, 0,64% para 7.497,80 pontos, contra o novo máximo desde 06 de maio de 2014, de 7.545,86 pontos verificado em 16 de junho.

Depois das subidas assinaláveis da véspera nas principais bolsas europeias, os investidores estão a concentrar-se no abandono de Trump da cimeira do G7, sob o pretexto do aumento das tensões no Médio Oriente, que o impediu de participar em várias conversações sobre comércio e segurança global, o que contribuiu para deteriorar ainda mais o estado de espírito dos mercados financeiros mundiais, observaram analistas da Link Securities, citados pela Efe.

Trump tem alertado para a necessidade de evacuar Teerão, alegadamente perante a possibilidade de Israel realizar ataques diretos à capital iraniana, depois de o Irão ter bombardeado vários pontos de Jerusalém.

Na agenda macroeconómica, o instituto ZEW publica hoje os seus índices, que avaliam a perceção da situação atual e futura da economia alemã por parte dos principais investidores e analistas, neste caso para o mês de junho.

Espera-se que tanto o índice de expectativas como o índice da situação atual tenham recuperado ligeiramente no mês em relação aos valores de maio.

Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,59%, na sequência da decisão do Banco do Japão (BoJ) de manter a taxa de juro de referência a curto prazo em 0,5% e de reduzir para metade as compras trimestrais de obrigações do Tesouro a partir de abril de 2026, num novo ajustamento no sentido da normalização da sua política monetária.

Por seu lado, a Bolsa de Xangai perdeu hoje 0,06%, a de Shenzhen cedeu 0,12% e o Hang Seng caiu 0,45%, alguns minutos antes do fecho.

A bolsa em Wall Street fechou a 'verde' na segunda-feira.

O Dow Jones terminou a subir 0,75% para 42.515,09 pontos, que compara com o máximo desde que o índice foi criado em 1896, de 45.014,04 pontos, em 04 de dezembro de 2024.

O Nasdaq, índice de cotadas de alta tecnologia, fechou a subir 1,52% para 19.701,21 pontos, contra o máximo de sempre, de 20.173,89 pontos, verificado em 16 de dezembro de 2024.

Nas matérias-primas, os preços do ouro descem e os do petróleo estavam a subir.

O ouro por onça troy, um ativo de refúgio, estava a descer para 3.386,15 dólares, contra 3.399,51 dólares na segunda-feira e 3.432,34 dólares na sexta-feira, um novo máximo histórico.

O Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, para entrega em agosto, está a subir para 73,34 dólares, contra 73,23 dólares na segunda-feira e depois de ter subido mais de 7% no mercado de futuros de Londres, apoiado nos receios de uma interrupção do fornecimento de petróleo do Médio Oriente devido à guerra entre Israel e o Irão.

O West Texas Intermediate (WTI), a referência norte-americana, desce 0,27% e está a ser negociado a 70,07 dólares por barril, antes da abertura oficial do mercado.

Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, avançavam para 2,553%, contra 2,525% na sessão anterior.

O euro baixava para 1,1556 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1584 dólares na segunda-feira, um novo máximo desde 09 de novembro de 2021.

Leia Também: A partir de julho, há novidades para os Intermediários de crédito

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