O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) defendeu, em reunião com a administração da Parvalorem, que os trabalhadores que não adiram ao programa de saídas possam continuar no setor empresarial do Estado.
Em comunicado hoje divulgado, o SNQTB refere que se reuniu na quinta-feira com o Conselho de Administração da Parvalorem, que deverá encerrar até ao final de 2027 e que, até lá, irá promover um programa de rescisões por mútuo acordo.
No encontro, a associação sindical pediu a manutenção dos postos de trabalho para os funcionários que não queiram aderir ao programa de saídas, tendo considerado que seria importante integrá-los "em entidades do setor empresarial do Estado, garantindo-lhes continuidade e estabilidade laboral".
No entender do SNQTB, além de se tratar de "um número reduzido de trabalhadores", estes são especializados e formados tecnicamente "numa área de elevada relevância estratégica, como é a recuperação de créditos e a gestão de ativos".
Na reunião, a Parvalorem "reafirmou a intenção de proceder à liquidação" da empresa até ao final de 2027 e "manifestou disponibilidade para colaborar na busca de soluções que promovam a empregabilidade dos colaboradores junto de outras entidades do Estado".
Já na quinta-feira, os sindicatos da banca afetos à UGT disseram que a Parvalorem está a avançar com este programa, mas instaram os trabalhadores a consultarem os seus serviços jurídicos por considerarem que a minuta é genérica.
No entender de Mais Sindicato, Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) e Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Banca, Seguros e Tecnologias (SBC), a minuta de revogação do contrato de trabalho enviada a todos os trabalhadores "é genérica, sendo posteriormente adaptada a cada caso", não contemplando especificidades como a antiguidade.
A Parvalorem foi criada pelo Estado para recuperação de créditos e alienação/liquidação de ativos do antigo Banco Português de Negócios, sendo que vai ser alvo de liquidação e encerramento até 2027, até quando terá de revogar os vínculos com os seus trabalhadores.
Na sequência da reestruturação, a empresa lançou um programa para a celebração de acordos de rescisão com os trabalhadores que permite o acesso ao subsídio de desemprego.
A data de saída será escolhida pelos trabalhadores até final de outubro deste ano.
Leia Também: Ruben Amorim pede Carlos Baleba e fica espantado com preço 'desorbitado'