Marcos Bastinhas luta contra grave depressão. Dália Madruga em lágrimas

Marcos Bastinhas e Dália Madruga estiveram no programa 'Dois às 10', à conversa com Cristina Ferreira, para falar da luta do toureiro contra uma grave depressão que lhe foi diagnosticada este ano.

Marcos Bastinhas e Dália Madruga

© Instagram/Doisàs10

Mariline Direito Rodrigues
18/07/2025 13:19 ‧ há 4 horas por Mariline Direito Rodrigues

Fama

Marcos Bastinhas

Marcos Bastinhas e Dália Madruga estiveram hoje, dia 18 de julho, à conversa com Cristina Ferreira no programa 'Dois às 10'. O conhecido toureiro abriu o coração para falar da difícil fase por que está a passar, depois de ter sido diagnosticado com uma depressão. 

 

"Desde o princípio do ano que começaram a suceder-se vários episódios e coisas que sentia que não estavam a correr normalmente", começou por notar o toureiro.

"Era não estar bem em lado nenhum, a tristeza, não haver muito sentido de vida. [...] Por vezes havia alguma alegria momentânea, mas 90% do tempo era de tristeza, de angústia, de ansiedade e de querer fugir", notou, afirmando que ao princípio não entendia o que se passava consigo, que só depois é que percebeu a gravidade da situação. 

Num relacionamento com Dália Madruga há 14 anos, Marcos acredita que a companheira se "apercebeu primeiro" do que estava a acontecer, aconselhando-o constantemente a pedir ajuda. "Fui negando até que cheguei a um dia em que tive de aceitar", realça. 

Marcos, inicialmente, procurou a ajuda de um psicólogo que, logo na primeira consulta o aconselhou a ir um psiquiatra. 

Foi então que decidiu fazer uma pausa na sua carreira de toureiro, que dura há 25 anos, pois sentia que não estava a ser sincero com o público, entregando o seu melhor. "Quando entrava as coisas até corriam bem, mas quando acabava a corrida esse bem não me valia assim de grande coisa. Chegou a altura em que não poderia continuar, sabendo que ia colocar a minha vida em risco", reflete.

O testemunho emocionado de Dália Madruga 

Sempre ao lado de Marcos Bastinhas esteve Dália, que não conteve as lágrimas ao ouvir o testemunho do companheiro. 

"O Marcos tem primeiro de tudo um luto muito mal feito do pai, desapareceu-lhe o pilar dele e é uma coisa muito difícil de gerir. Ele tentou andar para a frente, porque ele é do tipo de pessoa que não quer saber muito dele, mas dos outros", contou. 

"Só que temos quatro filhos em casa e eu comecei a dizer-lhe: 'olha, tu não estás bem, tens de procurar ajuda, os miúdos têm de ter o pai em casa'. Ele chegava a casa e isolava-se, muitas vezes nem jantava connosco", diz ainda. 

"Ele quase que fugia de nós. Fugia daquilo que lhe fazia bem, como se se estivesse a punir. Acho que ninguém merece estar a lutar contra os próprios pensamentos", defende. 

Mesmo sabendo que os primeiros sintomas se começaram a manifestar, sobretudo a partir do início do ano, Dália afirma que sempre percebeu uma "tristeza" dentro do companheiro desde que o conheceu. "Começamos a ter filhos e isso dissipou-se, estava tudo bem. Entretanto o meu sogro morre, dois anos depois morreu o meu pai. Tivemos etapas muito difíceis. Tivemos também uma perda gestacional, que não contribuiu em nada", revela. 

Note-se que Joaquim Bastinhas, de quem Marcos era muito próximo, morreu em 2018. "Era mais que um pai para mim, era um amigo, porque passava mais tempo com ele do que com a Dália. Era um companheiro e senti muito a ausência".

Marcos Bastinhas notou que passou por momentos muito difíceis derivados à depressão: "Foram episódios muito difíceis, muito drásticos, em que a vida foi posta até em risco e não é normal um ser humano pensar assim", reflete. "Houve pensamentos e situações mesmo concretas", chega mesmo a dizer.

Ao ouvir o marido, Dália não conseguiu conter as lágrimas. "É difícil. É difícil pedir-lhe todos os dias 'não me deixes sozinha, temos os nossos quatro filhos para educar, eu não consigo fazer isto sozinha' e todos os dias lhe pedia isso. Nunca o deixava sozinho com medo. Durante muitos meses não o deixava sair de casa sozinho. Nunca larguei a mão, nem nunca o vou largar, porque não concedo a ideia de perder o amor da minha vida".

Atualmente, Marcos Bastinhas continua a ser seguido por médicos especializados, algo que o ajudou muito, sobretudo para perceber porque é que estava a passar por isto. Mesmo sabendo que a luta contra a depressão pode durar anos, este mostra-se com esperança no futuro e na recuperação. 

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Se estiver a sofrer com alguma doença mental, tiver pensamentos auto-destrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém, deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderá ainda contactar uma destas entidades (todos estes contactos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende):
 
Atendimento psicossocial da Câmara Municipal de Lisboa
800 916 800 (24h/dia)
 
SOS Voz Amiga - Linha de apoio emocional e prevenção ao suicídio
800 100 441 (entre as 15h30 e 00h30, número gratuito)
213 544 545 - 912 802 669 - 963 524 660 (entre as 16h e as 00h00) 
 
Conversa Amiga
808 237 327 (entre as 15h e as 22h, número gratuito)
210 027 159
 
SOS Estudante - Linha de apoio emocional e prevenção ao suicídio
239 484 020 - 915246060 - 969554545 (entre as 20h e a 1h)
 
Telefone da Esperança
222 080 707 (entre as 20h e as 23h)
 
Telefone da Amizade 
228 323 535 | 222 080 707 (entre as 16h e as 23h)
 
Aconselhamento Psicológico do SNS 24 - No SNS24, o contacto é assumido por profissionais de saúde
808 24 24 24 selecionar depois opção 4 (24h/dia)
 

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