Carlos M. Cunha é um dos famosos elementos do grupo Commedia à la Carte, de onde faz também parte César Mourão e, recentemente, integrou o elenco de 'Festa é Festa', novela da TVI, onde interpretou a personagem de padre Isidro.
A sua vida privada sempre foi pautada pela discrição mas foi notícia que há dois anos casou com Marisa Lopes, uma cantora 27 anos mais nova do que ele e com quem está há sete anos.
O artista esteve à conversa com Júlia Pinheiro esta quarta-feira onde acabou por falar da relação e da diferença de idades.
"É linda a minha mulher, como é que é possível?", diz, a brincar. De seguida contou a história de como se conheceram.
"Eu andava com um amigo a ver música ao vivo, sempre adorei música, e andava por vários sítios a ver. Fui com uns amigos e um deles trouxe uma amiga. Fomos para um bar e uma das pessoas convidou a Marisa para cantar. Apaixonei-me, primeiro que tudo, pela voz dela. Dali ficámos a conversar e eu mandei charme para cima dela. Foi duro, tive que batalhar muito".
"A relação está cada dia melhor", refere ainda o artista.
Marisa entrou também no estúdio e acabou por falar do amor que os une. "No início, para mim, era impensável. Pela questão da idade, nós temos 27 anos de diferença. Claro que ao príncipio fez-me bastante confusão mas depois decidimos que sim. A relação é cada vez melhor, somos muito unidos e temos feitios muito parecidos. [...] Sempre disse ao Carlos que queria muito casar. Era uma condição. Foi muito bonito. Era um sonho e realizou-se", confessou Marisa.
No que diz respeito à carreira, Carlos revela que Marisa o "apoia muito". Já ele "ajuda-a crescer enquanto cantora, embora o mérito seja todo dela". "Mostro-lhe as melhores escolhas", confidenciou o artista.
A vida e carreira de Carlos M. Cunha
O ator, de 62 anos, falou ainda da sua juventude passada em Azinhaga do Ribatejo, onde nasceu, e de como foi construindo a sua carreira.
"Fui militar, voluntário, e depois fui pai. Naquela altura não havia muitos empregos por ali e por proteção da minha filha fiquei oito anos na tropa". Depois enveredou pela carreira de comercial.
Aos 30 anos o ator mudou de vida já que não se sentia realizado nessa profissão. Aprendeu a ser artesão mas "foi muito duro". "Houve alturas em que tive que comer sopa de urtigas e ir apanhar cogumelos no campo e beber café de cafeteira como a minha avó me tinha ensinado. Tinha uma carrinha onde dormia [...] Fazia sapatos e sandálias em pele. Fui feliz porque descobri o tempo e a contemplação, cultivava a minha comida, fui autossuficiente", revela.
A representação surgir por acaso na sua vida ao conhecer um casal de atores que fundou uma companhia de teatro. Dois anos depois veio para Lisboa para o Chapitô onde conhece Ricardo Peres e César Mourão e juntos iniciam o projeto Commedia à la Carte.
Veja aqui a entrevista.