Recep Tayyip Erdogan referia-se ao conflito entre Israel e o Irão, iniciado por uma vaga de bombardeamentos israelitas contra o território iraniano.
"Em pouco tempo, teremos atingido um nível de capacidade defensiva em que ninguém ousará desafiar-nos", declarou, no final de uma reunião do Conselho de Ministros.
O chefe de Estado afirmou que a indústria de armamento turca atingiu um nível com capacidade para sustentar um poder dissuasor, de acordo com a agência de notícias oficial Anadolu.
"Esperamos manter o nosso país longe dos efeitos negativos das crises na nossa região", afirmou o líder turco, acrescentando que a Turquia precisa ser "política, social, económica e militarmente forte" e também autossuficiente.
Segundo Erdogan, os bombardeamentos contra alvos militares e instalações nucleares no Irão demonstram que Israel é a maior ameaça à segurança e à estabilidade no Médio Oriente.
A cada dia que passa, prosseguiu, "torna-se mais claro que o ataque [israelita] lançado sob o pretexto de atingir instalações nucleares iranianas tem objetivos muito amplos e insidiosos".
O Presidente da Turquia insistiu que as negociações são a única forma de resolver o diferendo sobre o programa nuclear iraniano.
Israel alega que o Irão está a tentar fabricar uma arma nuclear, embora a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) indique não ter provas deste objetivo, ao mesmo tempo que não pode garantir que o programa iraniano seja totalmente pacífico.
Israel bombardeou o Irão na madrugada de 13 de junho, lançando ataques contra instalações militares e nucleares iranianas, que mataram lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.
O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.
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