Trump insta cidadãos de Teerão a "deixar imediatamente" capital

Otava, 17 jun 2025 (Lusa) -- O Presidente norte-americano, Donald Trump, lamentou esta noite que o Irão não tenha assinado o acordo nuclear a tempo e instou, através da sua rede social, que "todos devem deixar Teerão imediatamente".

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© REUTERS/Kevin Mohatt

Lusa
17/06/2025 00:00 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Israel/Irão

"O Irão deveria ter assinado o 'acordo' que eu disse para assinarem. Que vergonha, e desperdício de vidas humanas. Em poucas palavras: O IRÃO NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR. Eu já o disse várias vezes! Todos deveriam deixar Teerão imediatamente!", pode ler-se, na publicação na Truth Social.

 

Teerão, a maior cidade iraniana, tem uma população estimada de nove milhões de habitantes, segundo dados oficiais de 2021, 14 milhões, na área metropolitana.

Na segunda-feira da manhã, o Exército israelita emitiu um alerta de evacuação que afetou até 330.000 pessoas numa área do centro de Teerão que incluia a sede da TV estatal e da polícia do país, além de três grandes hospitais, incluindo um pertencente à Guarda Revolucionária iraniana. Os israelitas emitiram alertas de evacuação semelhantes para zonas civis em partes de Gaza e do Líbano antes dos ataques.

Trump participa na cimeira do G7 no Canadá, que termina hoje (terça-feira), e onde o atual conflito entre Israel e o Irão se posicionou como um dos pontos centrais da agenda.

Na segunda-feira, Trump realçou que está "em contacto constante" com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e a falar "com toda a gente".

O líder republicano criticou o Irão por não ter assinado um pacto nuclear dentro do prazo inicialmente concedido de dois meses.

"Dei 60 dias ao Irão, e eles disseram que não. E ao 61.º dia, viram o que aconteceu", apontou, referindo-se ao ataque israelita às instalações nucleares, militares e científicas iranianas, que matou oficiais militares e cientistas iranianos de alto nível.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém e o conflito em curso já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados.

Trump manifestou na segunda-feira confiança em que o Irão acabará por assinar o pacto com Washington e considerou insensato se não o fizer. Mas evitou a questão se queria uma mudança de regime no Irão: "O que eu quero é que o Irão não tenha armas nucleares, e estamos a caminho de o conseguir".

Para o chefe de Estado norte-americano, de acordo com outras declarações feitas ao longo do dia, o Irão não está a ganhar "esta guerra" com Israel, e o regime iraniano gostaria de conversar para encontrar uma solução "antes que seja tarde demais".

A República Islâmica impôs a condição de os Estados Unidos não se juntarem ativamente aos ataques de Israel, embora assuma que Washington prestou apoio logístico a Israel, que, segundo o Pentágono, o está a ajudar a intercetar mísseis iranianos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão e negociador-chefe para o nuclear, Abbas Araghchi, frisou na segunda-feira que os ataques israelitas contra o seu país "representam um golpe" na diplomacia, durante uma chamada telefónica divulgada pelo seu ministério, com os ministros dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, do Reino Unido, David Lammy, da Alemanha, Johann Wadephul, e da União Europeia, Kaja Kallas.

[Notícia atualizada às 06h14]

Leia Também: Benjamim Netanyahu apela a iranianos: "Temos um inimigo comum"

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