Pelo terceiro dia consecutivo, o rio Guaíba ultrapassou o nível de alerta em Porto Alegre, capital regional do Rio Grande do Sul, devido às tempestades registadas desde a semana passada.
A prefeitura de Porto Alegre alertou que o fluxo continua alto e que há possibilidade de "alagamentos locais" na área portuária e em algumas ilhas próximas.
A chuva causa problemas em pelo menos 146 cidades do Rio Grande do Sul, com quatro mortes confirmadas, um desaparecido e mais de sete mil pessoas desalojadas, segundo o último boletim da Defesa Civil divulgado na manhã desta terça-feira.
Além dos alertas e ações de apoio das autoridades locais, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou num comunicado que está a fazer esforços de resposta para ajudar as comunidades afetadas nesta região brasileira.
"Expressamos as nossas mais profundas condolências às famílias que perderam entes queridos e solidarizamo-nos com os milhares que foram forçados a deixar as suas casas", disse Paolo Caputo, chefe de missão da OIM no Brasil.
A OIM informou que apoia as autoridades federais, estaduais e locais na avaliação das necessidades, no reforço da preparação e na prestação de assistência direta às pessoas afetadas, desde o início das cheias deste ano.
Há um ano, devido às fortes chuvas, registaram-se no estado do Rio Grande do Sul inundações que causaram a morte de 183 pessoas e o deslocamento de quase 700 mil, naquele que é considerado o pior desastre natural da história do Sul do Brasil.
As cheias do Rio Guaíba e seus afluentes deixaram bairros mais baixos de Porto Alegre submersos por várias semanas, obrigando moradores a procurarem refúgio em casas de familiares ou em abrigos improvisados em escolas ou instalações desportivas.
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