A informação, relativa à Gaza Humanitarian Foundation, foi avançada por um membro do governo, na condição de anonimato.
A Associated Press tinha noticiado no sábado que este grupo tinha pedido dinheiro ao governo norte-americano para continuar as suas operações, que têm sido criticadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por grupos humanitários e outros.
Testemunhas palestinianas afirmam que militares israelitas têm disparado repetidamente sobre as multidões que se dirigem aos sítios onde a alimentação é distribuída, matando centenas de pessoas nas últimas semanas.
O diretor da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), Philippe Lazzarini, no sábado, denunciou que "o chamado mecanismo de ajuda" israelo-norte-americano para a população da Faixa de Gaza "custa mais vidas do que as que salva".
Como disse, "em Gaza está-se a matar de fome dois milhões de pessoas. O chamado 'mecanismo de ajuda' recém-criado é uma abominação que humilha e degrada as pessoas desesperadas. É uma armadilha mortal que custa mais vidas do que as que salva", disse Lazzarini.
Israel proibiu em janeiro as atividades da UNRWA e em maio aprovou a distribuição de ajuda através da recém-criada Gaza Humanitarian Foundation.
Hoje mesmo, o Gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou o exército israelita de matar quase 500 palestinianos e ferir três mil no último mês em pontos de distribuição de alimentos ou de ajuda humanitária.
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