A medida foi apresentada pelo democrata Al Green, representante do Texas, que criticou o chefe de Estado norte-americano por não ter notificado o Congresso nem procurado a sua autorização antes de atacar três instalações nucleares iranianas no fim de semana.
O texto foi bloqueado por um total de 344 membros do Congresso, 216 republicanos e 128 democratas, noticiou a agência Efe.
Setenta e nove membros democratas do Congresso votaram a favor da aprovação da medida, e outros cinco não votaram. Entre os republicanos, quatro não votaram, e os restantes vetaram a medida.
A resolução criticou Trump por "abusar dos seus poderes presidenciais ao ignorar a separação de poderes" e levar a democracia norte-americana ao "autoritarismo ao usurpar inconstitucionalmente o poder do Congresso de declarar guerra".
Segundo Green, o líder republicano "tornou-se uma ameaça à democracia" no país.
A sua iniciativa, no entanto, teve poucas hipóteses de sucesso desde o início, pois as acusações precisam de ser votadas na Câmara dos Representantes e, se a câmara baixa do Congresso as aprovar, o processo de destituição caberá ao Senado (câmara alta). Ambas as câmaras estão em mãos conservadoras.
Em abril, outro congressista democrata, Shri Thanedar, iniciou o processo de destituição, mas em maio recuou, aguardando mais apoio dentro do seu próprio partido e a possibilidade de novas acusações contra o Presidente.
Trump foi submetido por duas vezes a um processo de 'impeachment' durante o seu primeiro mandato (2017-2021).
Em dezembro de 2019, tornou-se o terceiro presidente dos EUA, por decisão da Câmara dos Representantes, a enfrentar um 'impeachment' por abuso de poder e obstrução do Congresso.
Em janeiro de 2021, uma semana antes do final do seu primeiro mandato, recebeu a segunda acusação por incitar uma insurreição dos seus apoiantes, que acabaram por invadir o Capitólio para tentar bloquear a ratificação da vitória do democrata Joe Biden (2021-2025). Em ambos os casos, foi absolvido pelo Senado.
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