Estes últimos bombardeamentos das forças russas surgiram após uma campanha de ataques da Ucrânia na Rússia na noite de domingo e pouco antes do começo da cimeira da NATO em Haia.
À chegada aos Países Baixos, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reuniu-se com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, mantendo a expectativa de novas promessas de ajuda dos aliados de Kyiv, quando as negociações com o Kremlin estão paradas.
No terreno, as forças russas continuam a avançar no leste da Ucrânia e estão a intensificar os bombardeamentos.
Na manhã de hoje, "os militares russos atacaram as cidades de Dnipro e Samar com mísseis", destruindo um edifício administrativo na primeira, segundo a Polícia Nacional Ucraniana", que registou a morte de nove habitantes de Dnipro e dois de Samar.
Mais de 100 pessoas ficaram também feridas, incluindo passageiros de um comboio danificado pelos ataques, de acordo com a Polícia.
O Ministério Público ucraniano referiu que escolas e unidades de saúde também foram atingidas.
"Em termos de danos, este é provavelmente um dos ataques mais significativos contra Dnipro" desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, observou o presidente da autarquia, Boris Filatov.
Volodymyr Zelensky, por sua vez, alertou que o número de mortos pode aumentar ainda mais, comentando, na rede social X, que "defender a Ucrânia significa defender a vida".
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriy Sybiga, condenou a "mensagem de terror e rejeição da paz", que disse ser enviada por Moscovo.
"A credibilidade dos nossos aliados depende do aumento da pressão sobre Moscovo", apelou Sybiga, enquanto Zelensky e os líderes dos países-membros da NATO, incluindo o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reúnem a partir de hoje em Haia.
Espera-se que a cimeira da Aliança Atlântica valide o aumento substancial dos gastos em defesa dos países-membros.
Uma reunião entre Zelensky e Trump está marcada para quarta-feira, de acordo com um responsável ucraniano citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Mais de três anos depois do início da invasão da Ucrânia, a Rússia exige o reconhecimento da posse das regiões de Donetsk e Lugansk, no leste do país, e de Zaporijia e Kherson, no sul, além da península da Crimeia, anexada desde 2014.
Moscovo pretende também que Kyiv renuncie aos planos de aderir à NATO e de reforço das capacidades militares, condições recusadas pelas autoridades ucranianas.
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