A declaração conjunta, promovida pelo governo peruano e apoiada pelos Estados Unidos, Argentina, Equador, El Salvador, Panamá e Paraguai, foi apresentada durante a 55.ª Assembleia Geral da OEA, realizada em Antígua e Barbuda.
"Incentivamos os Estados-membros da OEA a considerarem a designação do Tren de Aragua como organização terrorista estrangeira ou a adotarem quadros jurídicos equivalentes que permitam uma maior capacidade de perseguição criminal, congelamento de bens e ações por parte das autoridades competentes", pode ler-se no comunicado.
Da mesma forma, os países signatários instam à partilha de dados biométricos e de inteligência financeira sobre os alegados membros do Tren de Aragua, com o objetivo de melhorar a coordenação regional e desmantelar as operações transfronteiriças do grupo.
Expressaram ainda a sua "condenação inequívoca às ações terroristas e criminosas" perpetradas pelo Tren de Aragua, bem como a qualquer ator ou governo que facilite as suas atividades.
O Tren de Aragua é uma organização criminosa que surgiu da prisão de Tocorón, no Estado venezuelano de Aragua, e que expandiu as suas operações para vários países da América do Sul na última década.
A administração norte-americana liderada por Donald Trump, que acusa o Governo de Nicolás Maduro de cooperar com o Tren de Aragua, já designou formalmente o grupo como uma organização terrorista.
No entanto, persiste o debate sobre a verdadeira extensão da sua presença e poder em solo norte-americano.
Leia Também: EUA e China trocam acusações sobre influência na América Latina