"O Estado de Israel é um Estado de Direito e ninguém pode fazer justiça pelas próprias mãos", disse Netanyahu, citado num comunicado, onde indica ter pedido que o caso seja investigado e que os que atacaram os soldados sejam processados.
Seis colonos israelitas foram detidos na sexta-feira à noite depois de terem atacado soldados perto da aldeia palestiniana de Kafr Malik, na província de Ramallah, onde soldados israelitas mataram três palestinianos na passada quarta-feira durante um ataque inicial de colonos, que não foi condenado pelo Governo.
"Após a chegada das forças de segurança, dezenas de civis israelitas [colonos] atiraram pedras contra eles e agrediram-nos física e verbalmente, incluindo o comandante do batalhão", refere-se num comunicado dos militares divulgado hoje.
"Além disso, os civis vandalizaram e danificaram veículos das forças de segurança e tentaram atropelá-los. As forças de segurança dispersaram a manifestação e seis civis israelitas foram detidos", acrescenta.
Nesta zona, nos arredores de Ramallah, três palestinianos foram mortos pelo exército israelita na passada quarta-feira, depois de cerca de 30 colonos terem invadido a aldeia de Kafr Malik e incendiado edifícios e veículos.
Os soldados, que normalmente não intervêm para evitar conflitos quando a violência ocorre contra os palestinianos, abriram fogo sobre os atacados, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
De acordo com dados do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU, só entre 17 e 23 de junho, ocorreram pelo menos 23 ataques de colonos que causaram vítimas, danos materiais ou ambos.
Um palestiniano foi morto a tiro na aldeia de Surif, na província de Hebron, outros 14 ficaram feridos (10 por colonos e quatro pelas forças israelitas) e mais de 50 árvores e plantações palestinianas foram destruídas.
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