Biden e Kamala criticam cortes na Saúde previstos na lei de Trump

O ex-presidente norte-americano, Joe Biden, e a sua vice-presidente, Kamala Harris, criticaram hoje o pacote legislativo orçamental do Presidente Donald Trump aprovado pelo Congresso pelos cortes drásticos na saúde pública e apoio alimentar.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, EUA

© Evelyn Hockstein/Reuters

Lusa
03/07/2025 22:19 ‧ há 8 horas por Lusa

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"A classe trabalhadora merece mais", escreveu Biden na plataforma X, logo após a Câmara dos Representantes, de maioria republicana, ter dado a aprovação final ao pacote batizado por Trump como "grande e bela lei".

 

"O projeto de lei orçamental republicano não é apenas imprudente, mas também cruel", enfatizou Biden, alertando que "corta drasticamente o Medicaid (seguro de saúde para os cidadãos com rendimentos mais baixos) e priva milhões de americanos de cuidados de saúde".

O antecessor de Trump denunciou ainda "o encerramento de hospitais rurais e a redução da assistência alimentar para veteranos e idosos", além do aumento nas faturas de energia.

Segundo Biden, a lei promovida por Trump vai aumentar o défice público em 4 biliões de dólares (3,4 biliões de euros), "tudo para dar uma enorme redução de impostos aos multimilionários".

O pacote legislativo de Trump foi hoje aprovado na Câmara de Representantes, depois de já ter passado no Senado, câmara alta do Congresso.

Trump havia definido o prazo de 04 de julho, Dia da Independência nos Estados Unidos, para aprovação do pacote legislativo, e deverá recebê-lo ainda hoje do Congresso, para assinatura final.

Depois de ter sido alvo de muitas alterações, o documento aprovado pelo Senado passou a enfrentar o descontentamento de vários congressistas republicanos, obrigando o líder da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, a negociações contínuas nos últimos dias, a par de pressões públicas de Donald Trump.

O pacote, com um total de quase 900 páginas, foi aprovado com 218 votos a favor (214 contra), tendo dois congressistas republicanos votado contra.

Os republicanos detêm atualmente a maioria na Câmara dos Representantes, com 220 lugares, para 212 dos democratas.

Também em reação na rede social X, Kamala Harris afirmou que os republicanos no Congresso "votaram para devastar milhões de pessoas em todo o país --- expulsando os americanos do sistema de saúde, fechando hospitais, eliminando a assistência alimentar e aumentando os custos".

"Este é o Projeto 2025 em ação", afirmou a candidata democrata derrotada por Trump nas eleições do ano passado, em referência a um documento estratégico elaborado por académicos conservadores e que serviu de base a muitas das medidas que Trump está a implementar.

O pacote estende os cortes de impostos do primeiro mandato de Trump (2017-2021), aumenta as despesas com a defesa e o controlo da imigração e reduz programas de assistência como o Medicaid.

Está também prevista uma redução drástica no programa Snap, o principal auxílio alimentar do país, bem como a eliminação de muitos incentivos fiscais para as energias renováveis.

A Casa Branca reagiu de imediato à aprovação, publicando uma imagem de Trump a dançar com o tradicional boné vermelho "Make America Great Again" ("Tornar a América Novamente Grande").

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, também assinalou quase de imediato a aprovação da lei, defendendo que "irá libertar todo o potencial da economia", com cortes de impostos "permanentes e favoráveis ao crescimento para as famílias, trabalhadores e criadores de emprego", promulgando a isenção de impostos sobre gorjetas e horas extraordinárias e baixando impostos para os idosos.

O pacote "irá reforçar programas importantes para aqueles que mais precisam e poupará o dinheiro dos contribuintes, reduzindo o desperdício, a fraude e o abuso. Esta legislação consequente consolida a expansão da classe trabalhadora e melhora a vida dos americanos a todos os níveis da economia", adianta.

"Como vimos após a aprovação dos Cortes Fiscais de Trump em 2017, as empresas americanas vão contratar, investir e aumentar os salários agora que este Governo e o Congresso Republicano trouxeram certeza e estabilidade à economia", refere ainda Bessent num comunicado repleto de elogios ao Presidente norte-americano.

Leia Também: Congresso dos EUA aprova "grande e bela lei" orçamental de Trump

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