Continente europeu enfrenta "maior desafio desde a década de 1940"

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, assumiu hoje que o reforço da segurança vai ser a prioridade da presidência do Conselho da União Europeia (UE), assim como fez a Polónia até julho

European Parliament session in Strasbourg

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Lusa
08/07/2025 10:52 ‧ há 7 horas por Lusa

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União Europeia

"A Europa vai ser forjada pelas suas crises, e vai ser a soma de todas as soluções adotadas para resolver essas crises", disse a primeira-ministra dinamarquesa, citando Jean Monnet, considerado um dos 'arquitetos' da UE, acrescentando que "estas palavras são hoje mais verdadeiras do que nunca".

 

Durante um debate sobre as prioridades da presidência do Conselho da UE encabeçada por Copenhaga até dezembro, no Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo (França), Mette Frederiksen fez uma reedição da prioridade da presidência polaca que ocupou a primeira metade de 2025: reforçar a segurança dos 27 países do bloco comunitário.

Para a primeira-ministra dinamarquesa, o continente europeu está a enfrentar o "maior desafio desde a década de 1940", aludindo a Segunda Guerra Mundial.

Hoje, prosseguiu Mette Frederiksen, a Europa está a braços com "a guerra brutal de [Vladimir] Putin" contra a Ucrânia, a pressão nas fronteiras externas e um conflito no Médio Oriente", assim como as consequências socioeconómicas que derivam destes acontecimentos.

Para a presidência dinamarquesa, é necessário continuar todo o trabalho que começou em janeiro e até antes, nomeadamente a conclusão do acordo com os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai), avançar na competitividade da UE e, sobretudo, continuar a reforçar as áreas da defesa e segurança.

"Temos de saber levantar-nos pelos nossos próprios meios", defendeu, pedindo um reforço da indústria da defesa com os olhos postos na Ucrânia.

A Ucrânia desenvolveu uma "impressionante indústria da defesa, produzindo mais e com mais rapidez" do que a UE, enquanto "está a combater numa guerra".

"Devemos continuar a apoiá-los, como pudermos e pelo tempo que for necessário", acrescentou.

Mette Frederiksen considerou que os 27 países do bloco político-económico são "muito mais do que o alcance dos países e a soma das populações".

Para a primeira-ministra dinamarquesa, a UE é, "acima de tudo, uma ideia", que se escreve pelo respeito "pela liberdade, democracia e o Estado de direito".

A Dinamarca vai encabeçar a presidência rotativa do Conselho da União Europeia até dezembro de 2025.

Leia Também: UE quer reequilibrar relações com Pequim e evitar ameaças à segurança

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