Diretor adjunto do FBI tira folga após briga (e Epstein é 'culpado')

O caso Jeffrey Epstein continua a dar que falar, com as novas revelações de que não haveria uma lista de clientes a estarem no centro de uma polémica. O FBI estará descontente com a Procuradoria - e até Trump já está 'farto' do caso.

donald trump, pam bondi

© Andrew Harnik/Getty Images

Notícias ao Minuto
11/07/2025 20:06 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Mundo

EUA

Uma alegada briga entre a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, e o diretor-adjunto do FBI, Dan Bongino, levou a que este último tirasse um dia de folga, levantando também suspeitas de que se pudesse ter demitido. Em causa estão as mais recente revelações do caso que envolve Jeffrey Epstein, e que dão conta de que o magnata, afinal, não tinha uma 'lista de clientes'.

 

A informação de que Bongino esteve ausente esta sexta-feira foi avançada por quatro fontes próximas à agência Axios.

A polémica entre Bongino e Bondi começou na quarta-feira, quando se 'sentiram' as consequências da atualização sobre o caso, em que foi revelado também, para além da falta de provas da existência da tal lista de clientes (que Epstein chantagearia), que Epstein não foi assassinado na prisão, onde estava depois de ser detido por abuso de menores e por tráfico sexual.

O que levou ao desacordo?

Segundo a Axios, em causa está o vídeo de mais de 10 horas que captou a cela de Epstein no dia em que ele morreu, em 2019, por forma a mostrar que este não foi assassinado e que tirou a sua própria vida.

Após a publicação das imagens, teorias levantaram suspeitas acerca do vídeo, dado que é apontado um "minuto em falta", que, de acordo com as autoridades, está relacionado com um antigo sistema de gravação de vigilância que desliga todos os dias à meia-noite para reiniciar e gravar de novo. Explicam os responsáveis que este processo demora um minuto, o que significa que 60 segundos de cada dia não ficam gravados.

Imagens 'cá fora' e muitos apoiantes de Trump começaram a deixar críticas, e o diretor adjunto foi responsabilizado internamente pelo "minuto em falta", de acordo com o que aponta a Axios.

Duas fontes próximas revelaram também à agência de notícias que Bongino estava cada vez mais descontente pela forma como a procuradora-geral dos EUA estava a lidar com o caso, nomeadamente, por ter falado de uma 'lista' que, aparentemente, não existiu.

Que diz Trump? E outros?

O caso tem estado na 'mira' dos jornalistas nos EUA, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a já ter colocado o 'dedo na ferida' quando, na terça-feira, um jornalista questionou Bondi sobre o "minuto em falta."

"Ainda estão a falar de Jeffrey Epstein? Há anos que se fala dele", disse, ao lado de Bondi, acrescentando: "As pessoas ainda estão a falar deste tipo, deste canalha? É inacreditável".

O chefe de Estado dos EUA reforçou, durante a conferência em causa, que "não acreditava que estivessem a fazer uma pergunta sobre o Epstein numa altura como esta, em que estamos a ter alguns dos maiores sucessos e também tragédias, com o que aconteceu no Texas", referindo-se às cheias que já mataram, pelo menos 121 pessoas e deixaram quase 200 desaparecidas.

Segundo a Axios, foi Bongino quem faltou, mas também o diretor do FBI, Kash Patel, não estará contente com a atuação de Bondi, responsável que Trump "adorará e acha que é ótima", dizem fontes à Axios.

As críticas

Figuras próximas do movimento 'Make America Great Again' ('Tornar a América Grande de Novo'), do presidente Donald Trump fizeram durante anos campanha nas redes sociais exigindo a divulgação de documentos sobre Epstein alegadamente retidos pelo governo, caso de Tucker Carlson, antigo apresentador da Fox News.

Apoiantes de Trump criticam ausência de lista de clientes de Epstein

Apoiantes de Trump criticam ausência de lista de clientes de Epstein

Várias figuras mediáticas norte-americanas pró-Donald Trump reagiram com indignação à investigação governamental que concluiu que o financeiro Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de crianças, não mantinha uma "lista de clientes" que chantageava.

Lusa | 00:01 - 09/07/2025

Reagindo ao anúncio do executivo, Carlson acusou o Departamento de Justiça, que conduziu a investigação com a agência de investigação federal FBI, de tentar "ocultar" a verdade e, assim, "insultar o público".  

No seu podcast de segunda-feira, Carlson alertou para o risco eleitoral do caso Epstein para Trump e para os republicanos, afirmando que estão a "brincar com o fogo" e a "criar um extremismo genuíno".

Leia Também: Apoiantes de Trump criticam ausência de lista de clientes de Epstein

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas