"Limitar a independência das agências anticorrupção impede o progresso da Ucrânia na aproximação à UE", escreveu o ministro na rede social X sobre a lei promulgada na terça-feira pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Ucrânia deve "prosseguir resolutamente os seus esforços na luta contra a corrupção", acrescentou, num momento em que, de acordo com o jornal alemão BILD, o ministro conversou também hoje com o seu homólogo ucraniano Andriy Sybiga sobre esta questão
Esta posição de Wadephul sucede o comentário de terça-feira do porta-voz de Bruxelas para o Alargamento, Guillaume Mercier, que também alertou para a situação das instituições anticorrupção na Ucrânia, sublinhando que são "cruciais" para o programa de reformas que aproximará o país da UE e que por isso devem operar "de forma independente" para combater a corrupção e manter a confiança dos cidadãos.
"A UE presta assistência financeira significativa à Ucrânia, condicionada ao progresso, à transparência, à reforma judicial e à governação democrática", insistiu Mercier.
Por conseguinte, reiterou que a entrada de Kyiv na UE dependerá em grande parte da sua capacidade de combater a corrupção e de demonstrar força institucional, sublinhando que a UE irá monitorizar a situação e apoiar a Ucrânia nestes esforços.
Várias centenas de manifestantes saíram para as ruas da capital ucraniana para exprimir a sua indignação.
A Comissão Europeia, através da comissária responsável pelo Alargamento da UE, Marta Kos, considerou que "o desmantelamento de salvaguardas essenciais que protegem a independência do Gabinete Nacional Anticorrupção da Ucrânia é um sério retrocesso".
A comissária eslovena reiterou que ter agências independentes é essencial no caminho da adesão à UE e que "o Estado de direito continua no centro das negociações de adesão".
Leia Também: "A corrupção é um tema candente para Kiev", ironiza Rússia