A secretária de Segurança Interna norte-americana, Kristi Noem, afirmou que "o pior já passou" para o país, cuja extensa costa do Pacífico está exposta ao maremoto desencadeado pelo violento sismo na Rússia.
Os alertas de tsunami para as costas dos estados do Oregon e de Washington foram cancelados, permanecendo ativos para o Havai e para partes do Alasca e da Califórnia, onde as autoridades alertaram os turistas para se manterem afastados das praias.
Os especialistas dizem que é difícil saber quando é que serão retirados os restantes alertas, que sinalizam a possibilidade de correntes fortes, ondas perigosas e inundações.
Mais a sul, no México, o Governo cancelou o alerta de tsunami para todo o litoral.
Num breve comunicado, o Ministério da Marinha, através do seu Centro de Alerta de Tsunamis, informou que a decisão se baseou "na avaliação do nível do mar ao longo da costa mexicana e das áreas próximas do epicentro".
Afirmou ainda que não são esperadas alterações significativas que afetem a população ou as atividades marítimas e portuárias.
Também no Equador, o Instituto Oceanográfico da Marinha (Inocar) cancelou o alerta de tsunami emitido e observou que "as ondas geradas pelo sismo já passaram e já não existe uma grande ameaça para o território equatoriano".
"No entanto, alerta-se que algumas zonas costeiras poderão sofrer pequenas flutuações do nível do mar nas próximas horas", adianta.
Mais de mil residentes e turistas de ilhas como Santa Cruz - a mais populosa do arquipélago equatoriano das Galápagos - e Isabela - a maior - foram retirados na quarta-feira de manhã como medida de precaução face ao alerta de tsunami, agora cancelado.
No extremo sul do continente americano, o Chile deverá ser o último país a ser atingido e mantém o alerta de tsunami ao nível máximo.
O alerta vermelho abrange a maior parte da sua costa de 6.400 quilómetros (4.000 milhas) no Pacífico,até Magalhães, no extremo sul.
O Ministério da Educação também cancelou as aulas em grande parte da costa.
Durante o dia, Chile e o Peru retiraram população das zonas costeiras e evacuaram alguns portos devido à possibilidade de maremoto.
O Serviço de Resposta a Catástrofes do Chile (Senapred) anunciou ter iniciado a evacuação preventiva da Ilha de Páscoa.
De acordo com o Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha (SHOA), o território insular chileno, a 3.700 quilómetros da costa continental, será o primeiro a ser afetado.
Na sequência do sismo na península de Kamchatka, no leste da Rússia, as autoridades chilenas ativaram os protocolos de prevenção em todo o território, estendendo o alerta de tsunami de Arica e Parinacota, no extremo norte, até à região de Los Lagos, na zona centro-sul.
Para as regiões de Aysén e Magalhães e para o território antártico chileno, a parte mais a sul do país, foi estabelecido um estado "de precaução".
Também o Peru decidiu encerrar 65 portos, na sequência do alerta de tsunami emitido depois do sismo na Rússia.
O Centro de Operações de Emergência peruano (COEN) indicou que a altura das ondas ao longo da costa peruana deverá situar-se entre um e 2,31 metros.
As autoridades previram que as ondas atinjam toda a costa peruana, de norte a sul, culminando pelas 12h30 (18h30 em Lisboa) no porto de Ilo, na região de Moquegua, com uma altura de 1,21 metros.
A maioria dos portos, docas e enseadas encerrados situa-se na região de Piura, bem como na região vizinha de La Libertad, e no sul, nas regiões de Arequipa e Moquegua.
Ao mesmo tempo, 61 outros portos permanecem abertos à pesca e às atividades recreativas, especialmente na costa central do Peru.
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