"O mundo recordará como a UE e os seus Estados-Membros responderam a esta catástrofe trágica. O silêncio e a neutralidade perante o genocídio constituem cumplicidade. A inação encoraja os perpetradores e trai todos os princípios que a União e os seus Estados-membros dizem defender", numa carta inicialmente divulgada pelo POLITICO.
O grupo de antigos diplomatas, que não inclui nenhum português, considerou que a UE "é testemunha do espetáculo horrível que Israel está a levar a cabo, todos os dias, os crimes atrozes contra a população palestiniana, sobretudo em Gaza, mas também na Cisjordânia ocupada", e que ""equivale a uma campanha sistemática de brutalização e desumanização".
O Governo israelita de Benjamin Netanyahu está a "levar a cabo uma implacável campanha de violência de destruição" no enclave palestiniano, acusaram, enquanto condenaram os militares das Forças de Defesa de Israel pelo homicídio de "dezenas de milhares de crianças" e pelos "bombardeamentos indiscriminados".
A ofensiva contra Gaza começou depois dos ataques grupo islamita palestiniano Hamas, que controla o enclave, em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Os ataques já provocaram mais de 60 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 150 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.
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