Apesar de uma permanência breve no posto, o pouco tempo em que lá esteve suscitou a ira das empresas de biotecnologia, grupos de doentes e aliados de Donald Trump.
Prasad "não quer ser uma distração" e resignou ao seu papel enquanto principal dirigente da FDA para as vacinas "para passar mais tempo com a sua família", disse um porta-voz do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, em comunicado.
Duas pessoas conhecedoras do assunto disseram à AP que Prasad foi demitido depois de várias controvérsias.
Prasad entrou na FDA em maio, depois de anos na Universidade da Califórnia, em São Francisco, como investigador académico, onde era um crítico habitual da abordagem da FDA na aprovação de medicamentos e das vacinas para o Covid-19.
A sua abordagem parecia replicar a do dirigente máximo da agência, Marty Makary, que o elogiava repetidamente.
Mas nas últimas semanas tornou-se um alvo de ativistas conservadores, que o atacaram pelo seu passado de críticas a Trump e elogios ao senador Bernie Sanders.
Prasad também chamou a atenção pela sua gestão de uma recente questão de segurança relativa ao único tratamento genético para a distrofia muscular Duchenne.
Sob a sua direção, os envios deste medicamento foram suspensos depois de várias mortes destes doentes, sendo reativados depois de protestos de familiares destes doentes.
Prasad desde há muito que duvida da capacidade deste e outros medicamentos para doenças musculares vendidos pela farmacêutica Sarepta Therapeutics.
Enquanto académico, Prasad ganhou visibilidade por atacar a FDA por ser pouco exigente nos seus padrões para aprovação de medicamentos para o cancro e outras novidades terapêuticas.
Esta abordagem é criticada pelos apoiantes de Trump, que favorecem aprovações rápidas e acessos irrestritos a tratamentos experimentais.
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