Lisboa aprova proposta que prevê Arquivo Municipal no Campo Grande

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira a alteração da Operação de Reabilitação Urbana (ORU) Campo Grande - Calvanas para incluir a construção do Arquivo e Hemeroteca Municipais nesta zona da cidade, centralizando as diversas valências num único edifício.

Câmara Municipal de Lisboa - Paços do Concelho de Lisboa - Photo by: Ken Welsh/UCG/Universal Images Group via Getty Images

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Lusa
17/06/2025 23:57 ‧ há 4 horas por Lusa

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Lisboa

A proposta foi viabilizada com os votos a favor da maioria dos grupos municipais e com a abstenção da deputada não inscrita Margarida Penedo (que se desfiliou do CDS-PP), na sequência da aprovação pela câmara, por unanimidade, registada em abril.

 

Subscrita pela vereadora do Urbanismo, Joana Almeida (independente eleita pela coligação "Novos Tempos" PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), a proposta "delimita uma parcela municipal com 9.000 metros quadrados onde será construído o novo Arquivo Municipal e Hemeroteca de Lisboa", que admite a construção de um edifício até 10 pisos e com uma área de construção de 20 mil metros quadrados.

O Arquivo e Hemeroteca Municipais são "um equipamento há muito desejado", indicou a vereadora Joana Almeida, referindo que atualmente as instalações são precárias e dispersas por vários edifícios da cidade.

Com a construção do novo Arquivo Municipal na zona de Calvanas pretende-se "reforçar e expandir uma centralidade académica e cultural onde já existem várias instituições de ensino superior, a Biblioteca Nacional e o Arquivo Nacional da Torre do Tombo", explicou.

Na proposta apresentada, Joana Almeida reforçou que se identifica "há muito" a necessidade de se proceder à centralização e relocalização das diversas valências do Arquivo Municipal de Lisboa, que estão dispersas pela cidade (Arquivo Histórico e Administrativo -- Campolide; Arquivo Fotográfico -- Rua da Palma; Videoteca -- Largo do Calvário; Depósito de Retaguarda -- Alto da Eira), o que acarreta encargos financeiros e dificuldades de gestão, assim como da Hemeroteca Municipal, que se encontra em instalações provisórias e precárias.

Em 27 de maio, o vereador da Economia e Inovação, Diogo Moura (CDS-PP), disse que a Câmara de Lisboa abriu um concurso internacional de ideias de arquitetura para o novo Arquivo Municipal, que será construído na zona do Campo Grande.

Nesta reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, foi também aprovada a proposta da câmara para a delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Vale de Chelas, que teve os votos contra do BE e a abstenção do PAN e dos dois deputados independentes dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).

Segundo a vereadora do Urbanismo, a criação da ARU do Vale de Chelas permitirá uma intervenção integrada de requalificação e regeneração urbana e ambiental deste território, com cerca de 194 hectares, que abarca áreas das freguesias do Areeiro, Beato, Marvila e Penha de França.

"Com esta nova centralidade potenciada pela construção do novo Hospital de Todos os Santos e da terceira travessia sobre o Tejo", a câmara prevê a construção de mais 2.000 novas casas e a criação de um grande parque verde, com cerca de 60 hectares, que será o novo pulmão verde na cidade.

A vereadora Joana Almeida reforçou que o objetivo é a requalificação ambiental e a melhoria da qualidade de vida, "num território atualmente esquecido e fragmentado".

Esta proposta de criação da ARU do Vale de Chelas foi aprovada pela câmara em abril, com os votos contra de Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e BE, a abstenção do Livre e os votos a favor de PSD/CDS-PP (que governa sem maioria absoluta), PS e PCP.

No mandato 2021-2025, existem 13 grupos municipais na AML: PS (26 deputados), PSD (17), CDS-PP (seis), PCP (cinco), BE (quatro), IL (três), Chega (três), PEV (dois), PAN (um), Livre (um), PPM (um), MPT (um) e Aliança (um), dois deputados independentes do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e duas deputadas não inscritas (Rute Lima, que deixou o grupo municipal do PS, e Margarida Penedo, que se desfiliou do CDS-PP), num total de 75 eleitos.

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