Preventiva para 4 dos 6 detidos ligados a grupo neonazi (incluindo PSP)

Quatro dos seis neonazis do Movimento Armilar Lusitano detidos pela PJ na terça-feira ficaram em prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa. O chefe da PSP que está entre os detidos também é um dos visados com esta medida de coação.

Campus de Justiça

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Cátia Carmo
18/06/2025 18:21 ‧ há 5 horas por Cátia Carmo

País

Neonazis

Quatro dos seis neonazis do Movimento Armilar Lusitano (MAL) ficaram em prisão preventiva, incluindo o chefe da Polícia de Segurança Pública (PSP), avança o semanário Expresso. Os homens foram detidos na terça-feira por atividades terroristas e incitamento ao ódio, pela Polícia Judiciária (PJ), e ficam agora sujeitos à medida de coação mais gravosa.

 

Aos outros dois foi aplicada a medida de coação de apresentações periódicas.

O chefe da PSP envolvido, e que também ficará em prisão preventiva, estava em comissão de serviço na Polícia Municipal de Lisboa e foi identificado como sendo um dos membros do Movimento Armilar Lusitano.

Terá sido transferido para a Polícia Municipal precisamente pelas ligações ao movimento de extrema-direita.

Os seis detidos na terça-feira foram esta quarta-feira presentes a juiz de instrução para primeiro interrogatório e para aplicação das respetivas medidas de coação. Em causa estão crimes e infrações relacionados com grupos e atividades terroristas, discriminação e incitamento ao ódio e à violência e posse de arma proibida.

No âmbito da operação "Desarme 3D", adiantou a Polícia Judiciária (PJ) em comunicado, foi apreendido material explosivo de vários tipos, várias armas de fogo, algumas das quais produzidas através de impressão 3D, várias impressoras 3D, várias dezenas de munições, várias armas brancas e material informático, entre outros elementos de prova.

Detidos 6 membros do grupo de extrema-direita Movimento Armilar Lusitano

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Em causa está uma investigação desenvolvida pela Unidade Nacional Contra Terrorismo da Polícia Judiciária (PJ). Operação foi denominada 'Desarme 3D'.

Notícias ao Minuto | 08:36 - 17/06/2025

"A investigação resultou da deteção 'online' de indicadores de manifestações extremistas por parte de apologistas de ideologias nacionalistas e de extrema-direita radical e violenta, seguidores de um ideário antissistema e conspirativo, que incentivava à discriminação, ao ódio e à violência contra imigrantes e refugiados", referiu a PJ.

De acordo com a PJ, o Movimento Armilar Lusitano pretendia constituir-se como um movimento político apoiado numa milícia armada.

Os membros do grupo neonazi, segundo o semanário Expresso, usavam canais fechados nas redes sociais, como o Telegram. Atualmente estariam até a planear invadir a Assembleia da República, segundo o semanário Expresso, que cita fontes ligadas ao processo.

O objetivo deste plano era tornar o MAL num movimento político, apoiado por um grupo paramilitar. Para isso, de acordo com a PJ, "estavam a armar-se" e a "recrutar pessoas" para garantirem que tinham "capacidade de treino tática para uma ação" de larga escala.

O Movimento Armilar Lusitano foi criado há sete anos, por militantes do movimento de extrema-direita.

Na sequência dos casos de violência associada à extrema-direita, registados em Portugal nas últimas semanas, o Bloco de Esquerda vai chamar a ministra da Administração Interna e o diretor da Polícia Judiciária ao Parlamento para dar explicações, anunciou, esta quarta-feira, Mariana Mortágua.

A conferência de líderes já tinha aprovado o pedido do BE para discutir o RASI 2024 com a presença do Governo. Questionada sobre se o pedido de audição da ministra da Administração Interna poderia ser uma repetição, Mariana Mortágua referiu que a vinda de Maria Lúcia Amaral "tem a ver com o futuro e como é que é possível combater a presença destes grupos armados" e à luz da "informação de que há uma infiltração destes grupos de extrema-direita, considerados terroristas dentro das forças de segurança e que usam as forças de segurança como um espaço de recrutamento", rematou.

[Notícia atualizada às 18h39]

Leia Também: Chega critica cobertura jornalística de manifestações contra violência

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