Os Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste viveram uma “noite de emoções fortes”, no sábado, ao terem auxiliado duas grávidas a dar à luz antes da chegada ao hospital, na zona do Barreiro, em Setúbal.
“Noite de emoções fortes! Na noite de ontem, uma das nossas equipas de emergência pré-hospitalar foi acionada para dois serviços especiais via Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)”, começou por contextualizar a corporação, numa publicação divulgada este domingo na rede social Facebook.
Os socorristas salientaram que, “em ambos os casos, os bebés decidiram que não havia tempo a perder e vieram ao mundo com a [sua] ajuda, ainda antes de chegarem ao hospital”.
“Foram dois partos inesperados, mas conduzidos com profissionalismo, calma e coração. Tanto as mães como os recém-nascidos encontram-se bem de saúde, e isso enche-nos de orgulho e alegria”, assinalou o organismo.
A corporação desejou ainda “às famílias as maiores felicidades e uma vida longa e cheia de saúde para os mais novos habitantes do mundo” e teceu os seus agradecimentos à sua equipa “por, uma vez mais, mostrarem o verdadeiro espírito dos Bombeiros do Sul e Sueste”.
Pelo menos 34 bebés nasceram em ambulâncias até este mês de junho, de acordo com os relatos disponibilizados pelas corporações de bombeiros nas redes sociais. Saliente-se, contudo, que o número poderá ser superior, já que nem todas as ocorrências são publicitadas pelos socorristas.
De recordar que, em abril, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse que era preciso garantir que nasçam menos bebés em ambulâncias, ainda que tenha ressalvado que sempre houve situações semelhantes.
"O objetivo é que nasçam cada vez menos bebés em ambulâncias, sobretudo através de gravidezes bem vigiadas. Se há uma área onde nos distinguimos nos últimos 45 anos é na área maternoinfantil e por isso o que temos é de conseguir garantir que esses indicadores se mantenham", disse, no final de uma visita ao Hospital de Santa Cruz, integrado na Unidade Local de Saúde de Lisboa Ocidental.
Questionada concretamente quanto ao crescente número de partos realizados em ambulâncias e quanto aos dados que apontavam para a ocorrência de meia centena de nascimentos nestes veículos de socorro, no ano passado, Ana Paula Martins apontou que este fenómeno sempre aconteceu e sempre vai acontecer, uma vez que não é possível evitar em algumas circunstâncias.
"Mas naturalmente que não é de forma alguma o nosso objetivo", disse.
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