Ficou em prisão preventiva e proibido de contactar com outras testemunhas o suspeito de assassinar um homem de 50 anos na madrugada de quinta-feira, na vila de Belas, no concelho de Sintra, Lisboa. Está indiciado pela prática de um crime de homicídio, um crime de detenção de arma proibida e um crime de ofensa à integridade física simples.
O desentendimento terá começado, conforme revela agora o Ministério Público (MP), ainda na noite de quarta-feira, dia 30 de julho, quando "o arguido e uma das vítimas se envolveram numa discussão, tendo aquele puxado os cabelos à vítima e agredindo-a com socos, o que a obrigou a receber assistência hospitalar".
Na mesma nota, o MP adianta que, na sequência desse episódio, o pai da vítima, acompanhado pela cunhada e por uma outra filha, "dirigiu-se à casa do arguido para o confrontar com os factos, os quais foram negados pelo arguido".
Isso gerou uma discussão verbal entre ambos, com troca de empurrões e socos. A companheira do arguido ainda o conseguiu puxar para dentro de casa mas, em seguida, quando a vítima já estava a "descar as escadas para se ir embora", o suspeito saiu de casa com uma faca e "desferiu um golpe profundo na omoplata esquerda da vítima, que lhe provocou a morte".
A vítima ainda foi transportada por familiares para o Hospital Prof. Doutor Fernando (Amadora-Sintra), mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.
Em comunicado, na sexta-feira, a PJ já tinha referido que "a motivação para a prática do crime está relacionada com conflitos anteriores mantidos entre o agressor e familiares da vítima".
Entretanto interrogado, o arguido, de 38 anos, ficou sujeito às medidas de coação de prisão preventiva e "proibição de contactar com a ofendida e qualquer das testemunhas já ouvidas ou identificadas nos autos (com exceção da sua companheira e dos seus familiares), diretamente ou por interposta pessoa".
O Inquérito corre termos no DIAP do Núcleo de Sintra.
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