A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou esta quarta-feira que o Governo decidiu prolongar a situação de alerta devido aos incêndios até dia 17 de agosto, domingo. O prazo, sublinhe-se, terminava pelas 23h59 de 15 de agosto.
"Há 22 dias consecutivos que somos assolados por uma onda de calor extraordinário, ininterrupto, que tem motivado incêndios de grande dimensão, também eles ininterruptos, sobretudo a Norte do país", começou por referir a ministra em conferência de imprensa, na sede nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide.
A ministra da Administração Interna fez questão de exprimir "profunda solidariedade com todas as pessoas que têm sido diretamente afetadas por este flagelo", além de "profunda gratidão por todos" os que estão na primeira linha de combate e "impedem que estes incêndios tenham repercussões irreversíveis na vida e bens das pessoas".
"A unidade, a perseverança inquebrável, de todas estas pessoas que combatem os incêndios na linha da frente tem sido notável. A todos - bombeiros, Proteção Civil, forças de segurança e Forças Armadas - o nosso profundo agradecimento", sublinhou.
A ministra reiterou que "22 dias consecutivos de uma onda de calor ininterrupta gera, evidentemente, naqueles que estão na linha da frente deste combate exaustão e cansaço".
E alertou: "É bom que cada um de nós pense que nenhum está excluído do esforço conjunto, que ninguém está excluído deste combate que é de todos. É necessário manter a vigilância, manter a atitude individual de autocontenção perante os ricos e pensar que esta é uma luta nacional, um combate de todos".
Governo prolonga situação de alerta até 17 de agosto: "Adversidade não dá sinais de nos largar"
Neste sentido, o Governo, que já tinha prolongado a situação de alerta devido aos incêndios até sexta-feira, decidiu voltar a prolongar o prazo até domingo.
Considerando que "adversidade não dá sinais de nos largar já amanhã", a ministra da Administração Interna anunciou que o "Governo decidiu prorrogar, uma vez mais, a situação de alerta" até dia 17 de agosto, domingo.
A ministra sublinhou, ainda, que se mantêm todas as restrições e proibições impostas pela situação de alerta de risco agravado de incêndio.
Portugal, sublinhe-se, está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde 2 de agosto.
Só este ano, os incêndios já consumiram quase 75 mil hectares, a maioria dos quais nas regiões do Douro, do Alto Minho e da Área Metropolitana do Porto.
As estimativas divulgadas esta quinta-feira pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que se baseia em imagens de satélite do programa Europeu Copernicus, dão também conta que Portugal é o terceiro país da União Europeia com mais área ardida este ano, depois de Espanha (148.205) e da Roménia (123.816).
A aérea ardida este ano é nove vezes mais do que em igual período do ano passado e a segunda maior desde 2017.
[Notícia atualizada às 19h27]
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