O Navio da República Portuguesa (NRP) Bartolomeu Dias regressará à Base Naval de Lisboa na sexta-feira, 22 de agosto, depois de ter participado numa missão da NATO, na zona norte do oceano Atlântico. A cerimónia será presidida pelo vice-chefe do Estado-Maior da Armada, o vice-almirante Pedro Sousa Costa.
Após ter largado em direção ao mar Mediterrâneo, a 28 de abril, para integrar a European Carrier Group Interoperability Initiative, no âmbito da Operação HIGHMAST, e para participar no exercício MEDITERRANEAN STRIKE 25 (MEDSTRIKE 25), a fragata marcou presença na cerimónia do 30.º aniversário da European Maritime Force (EUROMARFOR), participou na Operação Brilliant Shield e integrou a Standing NATO Maritime Group 1 (SNMG1), de acordo com um comunicado da Marinha Portuguesa.
O organismo adiantou que esta última entidade é "parte integrante das Standing Naval Forces (SNF), que apoia a componente naval da Allied Reaction Force (ARF), força conjunta de alta prontidão da NATO", na mesma nota.
"Esta missão assume particular relevância no atual contexto de instabilidade internacional, onde Portugal reafirma a sua presença e credibilidade internacional, contribuindo para a estabilidade e segurança europeia", sublinhou.
O almirante Nobre de Sousa, chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), considerou, na altura, que os militares portugueses contribuiriam para a proteção "de infraestruturas críticas submarinas" que "foram objeto de alguns ataques", constituindo a força naval "de maior prontidão da Aliança Atlântica".
"Portugal está a fazer aquilo que é solicitado pela Aliança Atlântica. Há, inclusive, países com marinhas, com maior capacidade do que a Marinha Portuguesa, que não terão uma participação tão regular como nós e, portanto, para um país que neste momento tem duas fragatas operacionais e capazes de responder aos mais elevados padrões de exigência da NATO, este contributo é significativo e até diria que é, normalmente, mais valorizado lá fora do que nós próprios, às vezes, temos noção daquilo que é o contributo em si mesmo", disse.
Nobre de Sousa apontou que, ao participar nesta missão, Portugal não estaria apenas a "cumprir obrigações internacionais", mas também a afirmar a sua presença, competência e "firme compromisso para com a defesa coletiva e a segurança global".
"Sei que representarão Portugal com dignidade, com competência e com o espírito de missão que caracteriza os marinheiros portugueses desde sempre. (...) Serão guardiões da paz e da segurança num mundo que precisa mais do que nunca de estabilidade, de tolerância e de cooperação", afirmou.
O NRP Bartolomeu Dias é comandando pelo capitão-de-fragata Elias Cagarrinho e conta com uma guarnição de 169 militares.
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